(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas PETR�LEO

Gasolina sobe 19,5% em seis meses no Brasil

Valor j� se aproxima dos R$ 4,20 por litro. Em algumas cidades, pre�o est� prestes a passar de R$ 5


postado em 21/01/2018 01:00 / atualizado em 21/01/2018 08:07

Filas em postos ocorrem sempre que se anuncia aumento do combustível(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Filas em postos ocorrem sempre que se anuncia aumento do combust�vel (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Nos �ltimos seis meses, o pre�o m�dio da gasolina subiu 19,5% nos postos de combust�vel e j� se aproxima dos R$ 4,20. Em algumas cidades, est� perto de romper a barreira dos R$ 5. O pre�o m�dio, sem descontar a infla��o, � o maior j� registrado na s�rie hist�rica da Ag�ncia Nacional do Petr�leo (ANP), que come�ou em 2001.

A gasolina mais cara do Brasil est� na regi�o Norte. Em Tef�, no Amazonas, o pre�o m�dio � de R$ 4,941 por litro. Em Alenquer, no Par�, chega a R$ 4,838. Para os paulistas, a gasolina mais cara � de Dracena (R$ 4,196) e a mais barata fica em S�o Jos� dos Campos (R$ 3,863).

A escalada do pre�o est� relacionada � nova pol�tica de ajustes da Petrobras, em vigor desde julho de 2017, quando a estatal anunciou que as varia��es ocorreriam com mais frequ�ncia. Nesse per�odo, os pre�os foram reajustados 133 vezes. A mudan�a foi feita para dar agilidade aos reajustes e acompanhar a volatilidade da taxa de c�mbio e da cota��o de petr�leo. O barril ficou 28% mais caro nesse per�odo.

Quando se compara o pre�o da gasolina no pa�s com o do mercado norte-americano – de livre concorr�ncia e sem nenhum tipo de pol�tica de pre�os – percebe-se um ritmo diferente. Nos EUA, o combust�vel ficou cerca de 7,6% mais caro quando o pre�o � convertido em reais.

Uma das explica��es pode estar na sazonalidade. O per�odo comparado come�a no ver�o – quando os combust�veis ficam mais caros nos EUA – e termina em pleno inverno – quando os pre�os historicamente s�o mais baixos. L�, a gasolina custa, em m�dia, US$ 2,639 o gal�o, ou R$ 2,2576 por litro.

Para n�o colocar em cima do consumidor todo o peso da volatilidade internacional do petr�leo, especialistas sugerem um “amortecedor de pre�os”. Um dos mecanismos mais citados seria usar a atual Cide (o tributo federal que incide sobre os combust�veis) como um “colch�o” para suportar a varia��o internacional, sem causar instabilidade no pre�o praticado no Brasil. O tributo seria vari�vel: quanto maior o valor do litro, menor o percentual da al�quota. E vice-versa.

“No Reino Unido, por exemplo, h� certa estabilidade no valor cobrado, pois a volatilidade � amortecida pelo tributo vari�vel. Isso d� mais estabilidade para o consumidor. A maior parte da Europa faz isso, e o Jap�o tamb�m”, defende o presidente da consultoria agr�cola Datagro, Pl�nio Nastari.

FIC��O

O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, elogia a atual pol�tica de pre�os da Petrobras por acabar com a “fic��o econ�mica” praticada nos governos dos ex-presidentes Luiz In�cio Lula da Silva e Dilma Rousseff – que represaram os pre�os para conter a infla��o.

Pires defende, no entanto, o aprimoramento do sistema com a ado��o da Cide como imposto ambiental – que oneraria a gasolina em favor de combust�veis mais limpos, como etanol – e tamb�m para corrigir externalidades – como a varia��o do pre�o internacional dos combust�veis. “A pr�xima etapa � rever a quest�o tribut�ria. � preciso avan�ar na quest�o ambiental e na volatilidade de pre�os.”

A disparada da cota��o do petr�leo � resultado da maior demanda e consequente diminui��o dos estoques, j� que a produ��o n�o cresceu no mesmo ritmo, segundo o relat�rio da Organiza��o dos Pa�ses Exportadores de Petr�leo (Opep).

Mas nem todo esse aumento chegou �s bombas. “De maneira geral, o petr�leo n�o � um bem consumido diretamente, mas utilizado para produ��o de derivados. As negocia��es s�o realizadas com base nas cota��es dos pr�prios derivados e n�o na do petr�leo”, explica, em nota, a Petrobras. A estatal reconhece que, no longo prazo, petr�leo e derivados t�m comportamento semelhante, mas “no curto prazo podem ocorrer, e de fato ocorrem, oscila��es de diferentes magnitudes”.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)