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Estado de Minas

'Brasil vai absorver fluxo de investimentos', diz diretor da BlackRock


postado em 05/02/2018 12:30

S�o Paulo, 05 - Com a retomada econ�mica e a farta liquidez global, o Brasil voltou a chamar a aten��o de gestores pelo mundo - inclusive os do segmento de alta renda - bancos, family offices e consultorias que disputam patrim�nios milion�rios. "H� um grande movimento de fluxo para os emergentes que n�o ocorre desde 2012, e o Brasil � um componente importante", afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo Ivan Pascual, diretor executivo da BlackRock - maior gestora de recursos do mundo -, respons�vel pelo segmento wealth na Am�rica Latina e Ib�ria.

Para ele, os portf�lios se tornar�o cada vez mais globais e, com a queda dos juros, gestores brasileiros tamb�m engrossar�o o apetite por ativos estrangeiros.

Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista:

Como o sr. avalia a gest�o de fortunas na Am�rica Latina? Quais as principais tend�ncias?

As tend�ncias globais chegaram � Am�rica Latina: h� uma corrida para sofisticar consultoria e aumentar a transpar�ncia, e n�o s� vender produto - o que tem sido refor�ado por reguladores. Os gestores querem deixar de ser uma institui��o local para ganhar escala global. No Brasil, temos os grandes bancos, que dominam o mercado, mas tamb�m family offices e gestoras independentes. Trata-se de um grande mercado que vai continuar atraindo bancos estrangeiros. Vimos hoje (�ltima quarta-feira) o an�ncio do (banco su��o) Julius Baer, que comprou a (gestora brasileira de patrim�nio) Reliance; no ano passado, o banco UBS acertou a compra do (family office) Consenso. As grandes institui��es est�o interessadas em evoluir seu modelo de neg�cio. Acredito que o Brasil est� muito avan�ado em estrat�gias, mas precisa diversificar os ativos. As institui��es t�m apostado em fundos multimercado, por exemplo, mas por que n�o recorrer a fundos de hedge estrangeiros ou outros tipos de fundos mais sofisticados? O ponto � que n�o h� mais espa�o para desempenho ruim.

Com a retomada econ�mica, as gestoras estrangeiras de alta renda devem aumentar a exposi��o a ativos brasileiros?

O ano de 2017 foi muito bom para mercados emergentes. Tomemos como exemplo a ind�stria de ETFs - fundos que replicam �ndices -, que � muito boa para entender fluxos globais, j� que grande parte do dinheiro � institucional. A ind�stria quase dobrou no ano passado. A classe que mais cresceu foi equity dos Estados Unidos, mas a segunda categoria foi de mercados emergentes - � frente de �ndices europeus, dividendos ou renda fixa. Essa tend�ncia deve continuar, � uma de nossas mais fortes convic��es. O que estou vendo � que h� muito interesse pelo Brasil.

Mesmo o Pa�s tendo perdido o grau de investimento?

Uma nota melhor (de classifica��o de risco) certamente vai deixar os clientes mais confort�veis. Por�m, acredito que o relevante � entender que h� um grande movimento estrutural de fluxo para os mercados emergentes que n�o ocorre desde 2012, 2013. Os clientes n�o aportaram nesses mercados pelos �ltimos cinco anos, e agora esse dinheiro est� voltando. O Brasil � um componente muito importante dos mercados emergentes e certamente vai absorver esse fluxo e ganhar a confian�a do investidor.

Como as elei��es podem afetar esse cen�rio?

Elei��es s�o um evento muito importante na equa��o dos retornos do mercado e � algo monitorado de perto globalmente. Sim, as elei��es est�o na mira dos investidores. A ind�stria investe muito tempo e recursos tentando entender os poss�veis resultados, e no Brasil n�o vai ser diferente.

Em 2017, os fundos brasileiros que investem no exterior tiveram um crescimento de 139%. O apetite por ativos internacionais deve crescer?

Sem d�vida. O investidor est� pedindo por um portf�lio cada vez mais global. Muitos clientes brasileiros est�o me dizendo que esperam dobrar a exposi��o a ativos internacionais. O ano passado foi bom para obter retornos no mercado local, mas agora os juros est�o comprimidos. A queda da taxa de juros no Brasil foi extremamente relevante para levar investidores locais a olhar para o exterior, e isso eleva o trabalho do gerente de portf�lio e das institui��es.

A Bolsa teve alta de 10% s� este ano. Olhando a pontua��o em d�lares, o pre�o ainda est� barato para o estrangeiro?

Vemos grandes oportunidades no mercado de equity, em conjun��o com a retomada de uma economia global s�lida. Tamb�m h� falta de oportunidades na renda fixa. As companhias, por�m, ter�o de provar que s�o capazes de aumentar os lucros. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Anna Carolina Papp)


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