TIM avalia compra de ativos de Cemig e Copel

S�o Paulo, 07 - A TIM, terceira maior operadora de telefonia m�vel do Pa�s, est� avaliando a compra dos neg�cios de telecomunica��o das estatais de energia Cemig e da Copel para crescer em banda larga no Pa�s, apurou o 'Estado'.

A tele, controlada pela Telecom It�lia, aguarda a abertura do processo de venda das empresas para formalizar a proposta, afirmou uma fonte da alta c�pula da companhia italiana, que preferiu n�o se identificar.

Embora as empresas n�o estejam oficialmente � venda, os controladores da operadora j� conversaram com as companhias, de acordo com a mesma fonte. O interesse por empresas regionais ganhou mais for�a dentro da TIM ap�s tentativas frustradas de fundir a tele com a Oi, que est� em recupera��o judicial desde junho de 2016 e agora se reestrutura para sobreviver.

Para a TIM, a Copel Telecom � mais estrat�gica para por ser um pacote "mais completo" - a empresa paranaense atua como operadora por meio da Sercomtel, de Londrina, da qual � acionista. A Sercomtel tem contratos corporativos de empresas e com a prefeitura de Londrina, al�m de ser refer�ncia em banda larga. A Cemig Telecom est� presente em Minas Gerais e em alguns Estados do Nordeste, com atua��o no segmento de internet via redes de fibra �pticas.

No mercado, a Copel Telecom � avaliada em torno de R$ 1 bilh�o e a Cemig Telecom, em cerca de R$ 200 milh�es.A Cemig Telecom est� com o processo de venda mais avan�ado, segundo fontes a par do assunto. No dia 28 de fevereiro, os acionistas da companhia v�o discutir em assembleia a incorpora��o da tele � empresa-m�e antes de definir como ser� a venda desse neg�cio. No ano passado, a estatal divulgou um plano de desinvestimento de cerca de R$ 8 bilh�es, que inclui diversos neg�cios.

Pessoas familiarizadas com o assunto afirmam que h� v�rios investidores interessados na Cemig Telecom.J� o processo da Copel Telecom ainda n�o foi aberto oficialmente. O mercado aguarda reuni�o da empresa, prevista para as pr�ximas semanas, para saber se essa divis�o poder� ser colocada � venda a partir do segundo semestre.

Al�m da TIM, fontes do mercado financeiro acreditam que a Copel Telecom poder� atrair o interesse de fundos e outras operadoras.Procurada, a TIM informou, por meio de nota, que "est� sempre atenta �s oportunidades do mercado, mas reafirma que no momento n�o h� qualquer negocia��o em curso".

Peso das regionais. Atr�s da Vivo e da Claro no ranking, a TIM busca ampliar sua atua��o no Pa�s e tem avaliado nos �ltimos meses empresas regionais de peso para ampliar sua presen�a em internet. Foi este movimento que a Telef�nica/Vivo fez em 2014, ao anunciar a compra da empresa GVT, que pertencia � Vivendi, por R$ 22 bilh�es, e se distanciar das rivais.

Mesmo com o mercado concentrado nas m�os das quatro grandes operadoras - Vivo, Claro, TIM e Oi -, as empresas regionais v�m ficando mais agressivas, sobretudo em banda larga. Dados da consultoria especializada em telecomunica��es Teleco mostram que, em 2014, a participa��o das empresas regionais em banda larga era de 11,4%; no ano passado, saltou para 20,5%.

Um caminho mais curto para a TIM ganhar escala seria fazer uma proposta para a Oi. Mas, segundo a fonte da TIM ouvida pelo Estado, embora o neg�cio fa�a sentido, a Oi ainda precisa resolver a etapa de convers�o de d�vidas em a��es por parte dos credores e receber aporte antes de buscar um s�cio. Essa fonte, contudo, n�o descartou conversas futuras.

Na ter�a-feira, 6, as a��es da tele fecharam com a maior alta da Bolsa, um dia ap�s a companhia divulgar seus resultados do quarto trimestre. Os pap�is ordin�rios subiram 6,98%, a R$ 13,94. /COLABOROU CIRCE BONATELLI

As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(M�nica Scaramuzzo)