Bras�lia, 19 - A Superintend�ncia Nacional de Previd�ncia Complementar (Previc) rejeita a hip�tese de falha na atua��o no caso Postalis e defende que, sem o trabalho de fiscaliza��o e acompanhamento, o rombo desse e de outros fundos de pens�o seria ainda maior. J� a Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM) argumenta que n�o faz parte de suas atribui��es a fiscaliza��o dos fundos de pens�o.
O diretor de fiscaliza��o da Previc, S�rgio Taniguchi, diz que o �rg�o ainda n�o foi notificado. O diretor rejeita a percep��o de que houve falha. "Essa possibilidade de omiss�o, especialmente no Postalis, foi levantada na CPI dos Fundos de Pens�o e pelo Tribunal de Contas da Uni�o e n�o h� apontamento de omiss�o", diz, ao argumentar que, ao contr�rio, o trabalho da Previc permitiu � PF deflagrar a��es para investigar o tema.
"Diria que, se n�o tivesse o trabalho da Previc, o rombo n�o s� no Postalis como em outras funda��es seria muito maior", diz. Taniguchi argumenta que a Superintend�ncia fez diversas autua��es no fundo e a interven��o foi decidida ap�s percep��o de que gestores "flertavam com novas opera��es inadequadas ou de maior risco".
J� a CVM explicou em nota que a fiscaliza��o dos fundos de previd�ncia complementar n�o est� entre as responsabilidades do �rg�o. A Comiss�o lembra ainda que h� intera��o do �rg�o com o MPF desde 2008, quando foi firmado um termo de coopera��o.
Citado como uma das entidades que avaliou o investimento do fundo dos carteiros no projeto Mudar Master, o escrit�rio Bocater, Camargo Costa e Silva Advogados explica em nota que foi contratado "para a an�lise exclusivamente dos aspectos legais de propostas de investimentos". A empresa cita que "n�o externou qualquer opini�o sobre a adequa��o valores ou riscos financeiros".
J� a SR Rating diz em nota que "aplicou rigorosamente a metodologia � �poca estabelecida" para avalia��o do investimento do Postalis. O rating atribu�do em 2010 e 2011 era considerado "mediano". A partir de setembro de 2012, a ag�ncia rebaixou a nota em v�rios patamares. "A SR Rating afirma que atuou com total rigor t�cnico na avalia��o da empresa e os resultados foram amplamente conhecidos pelos gestores do Postalis".
Mencionada como consultora para o investimento no FIP Bioenergia do Grupo Canabrava, a Apsis Consultoria afirmou em nota que realiza "com regularidade laudos que suportam diversas opera��es societ�rias". "Apresentamos tudo que nos foi solicitado pelas entidades governamentais e reguladoras para as investiga��es em curso."
As consultorias Baker Tilly Brasil e LF Rating - tamb�m citadas pela PF e MPF - foram procuradas, mas n�o se pronunciaram at� o fechamento desta reportagem. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
(Fabio Serapi�o e Fernando Nakagawa)