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Estado de Minas

Eletrobr�s perde relev�ncia na gera��o de energia do Pa�s


postado em 25/02/2018 08:48

Neg�cios mal sucedidos e o constante uso pol�tico da Eletrobr�s acabaram por minar as for�as da estatal na expans�o do setor el�trico brasileiro. De 2011 para c�, a participa��o da empresa na capacidade instalada do Pa�s caiu de 36% para 31%. Nesse per�odo, a empresa contribuiu com apenas 15% do aumento da expans�o do sistema el�trico, enquanto a iniciativa privada (e estatais estaduais) foi respons�vel por 85%. Para se ter ideia, quando ampliado esse per�odo, entre 2002 e 2016, a Eletrobr�s participou com 28% da expans�o da gera��o.

Os motivos para a perda de relev�ncia no setor s�o variados. Historicamente, as controladas da Eletrobr�s sempre tiveram vida independente da holding e n�o prestavam contas do que faziam. Cada uma tinha uma estrat�gia de investimentos, que nem sempre era rent�vel para o grupo. "As empresas participaram de in�meros empreendimentos que, em vez de gerarem valor para o grupo, destru�ram", afirma o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales.

Tamb�m contribu�ram para a deteriora��o do caixa da estatal os constantes e bilion�rios preju�zos das distribuidoras - que agora ser�o privatizadas. Mas, segundo especialistas, a gota d'�gua foi a MP 579, que a ex-presidente Dilma Rousseff fez para renovar as concess�es do setor. Criadas com objetivo de reduzir as tarifas de energia el�trica, as regras tamb�m abalaram o caixa das geradoras, em especial da Eletrobr�s. "Ao mesmo tempo, a estatal estava comprometida com grandes investimentos, como as hidrel�tricas de Jirau, Santo Ant�nio e Belo Monte (onde detinha 49% da participa��o)", afirma o professor da UFRJ, Nivalde de Castro.

Sem caixa e com compromissos elevados, a empresa foi obrigada a ficar longe dos leil�es para arrumar a casa. Na outra ponta, a iniciativa privada aproveitou o espa�o e ampliou a participa��o na gera��o de energia. Empresas como a italiana Enel, a franco-belga Engie, a Neoenergia e a CPFL avan�aram no setor com uma s�rie de parques e�licos e solares, al�m das grandes hidrel�tricas e termoel�tricas.

"Faz tempo que o setor deixou de depender do investimento estatal. Hoje o mais importante � ter uma regula��o eficiente e previs�vel capaz de atrair o capital privado", afirma Sales. Com projetos menores e mais baratos comparados �s mega hidrel�tricas (Belo Monte, por exemplo, vai custar mais de R$ 30 bilh�es), os parques e�licos e solares t�m dado grande contribui��o � expans�o do sistema e elevado a participa��o de investidores estrangeiros.

Apetite

A italiana Enel � um exemplo do interesse da iniciativa privada por esse tipo de gera��o. Depois de passar um tempo sem grandes projetos no Pa�s, a empresa voltou com apetite e construiu v�rios empreendimentos. De junho do ano passado at� agora, p�s em opera��o sete parques renov�veis (quatro de energia solar e tr�s complexos e�licos), que somam cerca de 1,2 mil MW. A Engie tamb�m tem interesse em e�licas, mas quer ampliar a participa��o na gera��o a g�s.

Entre 2011 e 2016, a capacidade instalada que est� nas m�os da iniciativa privada (e tamb�m de estatais estaduais) cresceu 37%. Na opini�o de Celso Dall'Orto, da consultoria PSR, a Eletrobr�s s� ter� novamente papel relevante no setor ap�s sua reestrutura��o. "H� espa�o para a empresa, mas depois de vender as SPEs e as distribuidoras e conseguir ter uma estrutura mais enxuta.

O presidente da estatal, Wilson Ferreira Jr, acredita que a empresa ainda retomar� o protagonismo no setor. "Com a cria��o da corpora��o, objeto do projeto de lei enviado ao Congresso, a Eletrobr�s vai retomar os investimentos para sustentar o crescimento e desenvolvimento econ�mico do Pa�s." As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Ren�e Pereira)


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