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Estado de Minas

Grupo Giraffas aposta em aeroportos e rodovi�rias

Uma das maiores redes food service do pa�s retoma estrat�gia interrompida pela crise dos �ltimos anos. Cidades com forte presen�a no agroneg�cio tamb�m est�o no foco da empresa


postado em 28/02/2018 12:00 / atualizado em 28/02/2018 09:54

Diretor de expansão do Giraffas, Eduardo Guerra espera crescer 8% ante 2017 e chegar ao final de 2018 com receitas em torno de R$ 720 milhões(foto: Sidnei Lopes/Divulgação)
Diretor de expans�o do Giraffas, Eduardo Guerra espera crescer 8% ante 2017 e chegar ao final de 2018 com receitas em torno de R$ 720 milh�es (foto: Sidnei Lopes/Divulga��o)

S�o Paulo – A estabilidade na economia, que come�a a se refletir na melhora dos n�veis de emprego e na renda dos brasileiros, est� levando empresas de alimenta��o que interromperam os planos de investimento a retomar as estrat�gias de expans�o. � o caso do grupo brasiliense Giraffas, uma das maiores redes de food service do pa�s, com 410 lojas espalhadas por 161 cidades brasileiras.

Em 2018, a empresa ir� retomar seu projeto, iniciado em 2015 e interrompido pela crise dos 2 �ltimos anos, de ampliar o n�mero de restaurantes em aeroportos e terminais rodovi�rios. Antes, a expans�o do neg�cio se dava junto com o boom de lan�amentos da ind�stria de shoppings. Com o decl�nio econ�mico, os novos empreendimentos minguaram e a sa�da do Giraffas, e do mercado de franquias de fast food como um todo, foi buscar alternativas nas cidades do interior do pa�s e em locais de grande concentra��o de p�blico nas metr�poles.

At� 2015, o grupo Giraffas vinha surfando na onda do crescimento econ�mico e com planos de superar a barreira de R$ 1 bilh�o de faturamento em 2017. Naquela �poca, a empresa esperava fechar o ano com vendas de R$ 860 milh�es. Com o aprofundamento da crise, as proje��es n�o se confirmaram. Em 2017, as vendas da rede bateram em R$ 670 milh�es, bem abaixo das previs�es de dois anos atr�s. Agora, com os p�s no ch�o, Eduardo Guerra, de 35 anos, diretor de expans�o do Giraffas e filho do fundador, Carlos Guerra, espera crescer 8% ante 2017 e chegar ao final de 2018 com receitas em torno de R$ 720 milh�es.

“A recente crise foi a maior que n�s j� vimos, mas o Brasil � forte e est� superando as dificuldades”, diz o executivo. “Sabemos que uma massa de pessoas perdeu renda, mas a tend�ncia � que o emprego volte aos n�veis de anos atr�s. Se o n�vel de emprego e da renda aumentar, naturalmente o varejo voltar� a ter um crescimento substancial.”

Apesar da crise, o grupo achou for�as para avan�ar no projeto de expans�o desenhado em 2015. Tanto que a marca Giraffas desembarcou em 10 aeroportos do pa�s e alguns terminais rodovi�rios do Sudeste. Entre eles, os do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte. Este �ltimo foi aberto ao p�blico na sexta-feira da semana passada. Agora, segundo Guerra, a meta � ampliar essa participa��o e abrir outros 28 restaurantes da marca at� o final do ano, oito deles em terminais rodovi�rios e aeroportu�rios e o restante em shoppings e ruas de cidades de m�dio porte.

O terminal rodovi�rio do Tiet� e o aeroporto de Guarulhos, dois dos locais mais movimentados e cobi�ados de S�o Paulo, est�o com negocia��es adiantadas para abrir as portas para a rede. Em mar�o, a marca desembarca no aeroporto de Goi�nia (GO) e, em julho, na rodovi�ria de Nova Igua�u (RJ). Tamb�m h� negocia��es para lojas nos aeroportos de Bel�m (PA) e Recife (PE) e em v�rios terminais rodovi�rios.

Somadas as verbas de marketing e de implanta��o, o investimento deve chegar a R$ 50 milh�es em 2018. “Nosso foco, al�m dos shoppings, s�o agora os aeroportos e as cidades do interior dos estados que t�m forte presen�a no agroneg�cio”, diz Guerra. Ele lembra que esses munic�pios n�o sentiram muito a crise e s�o mercados ainda pouco explorados.

Dados apurados pela GS&MD Gouv�a de Souza atrav�s da pesquisa CREST, uma das mais completas do segmento de food service e realizada junto a consumidores de 14 pa�ses, mostram que o Giraffas est� no caminho certo. Segundo o levantamento, o mercado de alimenta��o fora de casa iniciou um per�odo de recupera��o no ano passado, depois de uma queda de 3% em 2016.

“O ano de 2016 foi uma cat�strofe para a economia como um todo e o pior do food service em muito tempo”, diz Eduardo Bueno, analista do Gouv�a de Souza. Segundo ele, uma pol�tica econ�mica mais clara em 2017 e a volta da confian�a dos consumidores refletiram positivamente no mercado, com as transa��es voltando a crescer de forma sustent�vel. 

De acordo com a pesquisa da Gouv�a de Souza, o tr�fego nas lojas aumentou 2%, para 14 bilh�es de visitas, e os gastos aceleraram 9%, chegando a R$ 200 bilh�es. “Depois da paulada em 2016, estamos vivendo um momento de recupera��o. Mas as empresas ter�o que correr atr�s para dar continuidade a esse movimento”, alerta Bueno, observando que o ano de 2017 foi marcado pela volta das fam�lias ao consumo de alimentos fora do lar. Al�m disso, ficou claro na pesquisa que a melhora do emprego tem rela��o direta com o aumento do tr�fego nas redes de fast food.

Pelos dados da Associa��o Brasileira de Franchising (ABF), o faturamento do setor de franquias cresceu 8% em 2017 em rela��o a 2016, passando de R$ 151,2 bilh�es para cerca de R$ 163 bilh�es. Pelo balan�o da ABF, a gera��o de empregos nas franquias tamb�m apresentou leve crescimento, alcan�ando 1,2 milh�o de trabalhadores diretos no setor, alta de 1% na compara��o com 2016.

Ainda segundo a entidade, a expans�o de franquias em 2017 superou 145 mil pontos de vendas, 2% a mais do que no ano anterior. J� em rela��o �s marcas, a ABF apontou uma redu��o de 6% na compara��o com o ano anterior, com cerca de 2,9 mil redes atuantes no mercado brasileiro.

A marca Giraffas desembarcou em 10 aeroportos do país e alguns terminais rodoviários do Sudeste. Entre eles, os de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro(foto: Sidnei Lopes/Divulgação)
A marca Giraffas desembarcou em 10 aeroportos do pa�s e alguns terminais rodovi�rios do Sudeste. Entre eles, os de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro (foto: Sidnei Lopes/Divulga��o)

Neg�cio come�ou como lanchonete em Bras�lia


A Giraffas foi fundada na capital federal em 1981 pelo ent�o estudante de engenharia el�trica da Universidade de Bras�lia Carlos Guerra. Ele tinha apenas 20 anos e, em sociedade com um colega de estudos, resolveu abrir uma lanchonete para sustentar a mulher e o filho rec�m-nascido.

Uma d�cada depois e j� dono de uma rede com mais de 10 lojas, Guerra adotou o sistema de franquias, uma forma nova na �poca para expandir os neg�cios. Assim foram surgindo restaurantes em v�rios estados do pa�s. Ele tinha a ideia de padronizar o servi�o desde a adolesc�ncia, quando fez um interc�mbio nos Estados Unidos e ficou impressionado com as grandes redes de fast-food que faziam sucesso entre os jovens americanos.

A rede de restaurantes come�ou oferecendo apenas sandu�ches no card�pio. O mais famoso deles, o Brutus, alimentou a primeira gera��o de jovens nascidos em Bras�lia. Hoje ainda � um sucesso, com 70 mil unidades vendidas por m�s. Atualmente, a Giraffas conta com mais de 30 op��es de refei��es e oito de sandu�ches, que atraem o p�blico das classes B e C. Para os franqueados, o investimento inicial em uma unidade do Giraffas est� em torno de R$ 600 mil.


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