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Estado de Minas

Multinacional investe R$ 80 milh�es para ampliar alcance do p�o de queijo de Minas

McCain Foods come�a integra��o com a empresa mineira, que vai investir R$ 80 mi at� 2019


postado em 18/03/2018 09:00 / atualizado em 18/03/2018 09:55

Helder Mendonça(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Helder Mendon�a (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

Em menos de 20 dias desembarca no Brasil a equipe da multinacional canadense de alimentos McCain Foods, nova acionista da Forno de Minas, maior fabricante brasileira de p�o de queijo, exportado de Contagem, na Grande Belo Horizonte, para 15 pa�ses. As equipes das duas empresas come�am em abril um processo de integra��o que, segundo o presidente da ind�stria mineira, Helder Mendon�a, abre caminho para a expans�o da Forno e a globaliza��o da iguaria t�pica da culin�ria do estado. “O nosso p�o de queijo ter� prioridade absoluta na sociedade com a McCain”, afirma.

Com o aval do s�cio, a Forno pretende iniciar obras logo depois das chuvas para dobrar a �rea da f�brica de alimentos congelados de Contagem e triplicar a capacidade de armazenamento. Os investimentos s� nesse projeto poder�o somar at� R$ 80 milh�es at� meados de 2019. Al�m de ampliar a linha do p�o de queijo, a produ��o mineira vai ganhar novos itens de panificados, massas e pratos prontos. “Passamos a ter um s�cio estrat�gico que compartilha dos mesmos pensamentos e das dores de produzir tamb�m”, diz o presidente da Forno, em entrevista ao Estado de Minas. O valor da compra de 49% das a��es da Forno pela McCain n�o ser� divulgado.

 

McCAIN CHEGA
Teremos muitas oportunidades para aproveitar sinergias, know how e experi�ncia. A Forno leva vantagem porque como o s�cio � uma das empresas globais de alimentos, (a McCain Foods lidera a produ��o mundial de batata pr�-frita congelada e o segmento de snacks/aperitivos), vai poder surfar na experi�ncia dela, com suas 53 f�bricas de v�rias linhas, de tortas a pizzas, em seis continentes. Entendemos que com o portf�lio amplo de produtos em v�rios pa�ses (da Europa � Oceania) e a estrutura de distribui��o da companhia, abre-se para a Forno um universo de possibilidades, inclusive de trazer novidades para o Brasil. A Forno tem um pouco desse DNA da inova��o.

O FUTURO
Com a for�a de vendas que a McCain tem l� fora e o seu relacionamento com praticamente todos as grandes redes varejistas no mundo, seguramente teremos a oportunidade de apresentar nossos produtos e ampliar o portf�lio da Forno. A ideia j� discutida com o s�cio est� mais voltada para o acesso que os nossos produtos poder�o ter � estrutura de distribui��o da McCain. No segmento da batata frita, a companhia est� estudando a sua presen�a no mercado brasileiro e a tend�ncia para que tenha mais efici�ncia est� no desenvolvimento de variedades mais adaptadas para o Brasil. (Hoje a empresa importa a batata que comercializa da Argentina, Europa e dos Estados Unidos. O desejo � que, com a melhoria da cultura, as importa��es sejam substitu�das.

O QUE MUDA
Passamos a ter um s�cio estrat�gico que compartilha dos mesmos pensamentos e das dores de produzir tamb�m. Isso vai ser um facilitador, al�m de a sociedade nos permitir capitalizar a empresa. Iniciamos o processo de integra��o j� em abril. No dia 5, chega o grupo de profissionais da McCain para come�armos a definir as nossas estrat�gias. Entendemos que daremos conta de fazer algumas linhas de snacks para complementar os produtos da McCain. A Forno est� mais direcionada para a �rea de panifica��o e a nossa s�cia mais voltada para os snacks, atendendo a bares e restaurantes. Temos muito a ganhar em efici�ncia de log�stica, na �rea comercial e de promo��o e vendas com a nossa uni�o.

INVESTIMENTOS

A Forno j� tem alguns projetos definidos e validados com a McCain durante a negocia��o. Os recursos que entram nos permitir�o acelerar esses projetos, aproveitando a capitaliza��o para a expans�o da marca. Devemos investir entre R$ 60 e R$ 80 milh�es deste ano at� meados de 2019 para complementar o portf�lio da Forno no segmento do food service (os servi�os de alimenta��o pronta, das cafeterias, cantinas, lanchonetes e padarias a bares e restaurantes), que � o que mais cresce.

A perspectiva � criar cerca de 3000 a 400 empregos (a Forno emprega 1 mil pessoas nas unidades de Contagem, Concei��o do Par� (latic�nio) e Arax� (onde est� instalada a S�rya, fabricante de especialidades de batata). Num universo, hoje, de 300 mil clientes potenciais no pa�s, a Forno atende 15 mil. As estimativas s�o de que s� as padarias somam mais de 60 mil empreendimentos no pa�s. Estamos desenvolvendo alguns produtos de varejo, linhas de croissants, p�es de batata e folhados, como o burek, folhado de origem grega. Na linha de massas, vamos estender os sabores de lasanha e pratos prontos. Planejamos dobrar o tamanho da �rea de f�brica, hoje com 24 mil metros quadrados, dos quais 12 mil de �rea constru�da. J� temos o terreno (ao lado da f�brica de Contagem) e queremos come�ar a terraplenagem logo depois das chuvas. Ser� uma expans�o para incorporar novos produtos e triplicar a �rea de armazenamento/c�maras frigor�ficas.

P�O DE QUEIJO

Pensamos sempre na globaliza��o desse produto, que � uma iguaria mineira tradicional, e responde por 70% da nossa receita. Achamos que existe um potencial grande desse produto, que tem se tornado item obrigat�rio de qualquer opera��o do food service. J� exportamos para 15 pa�ses e acabamos de chegar � China. O primeiro cont�iner desembarcou a n�o mais de dois meses, mas trata-se de um mercado onde � muito restrito o h�bito de consumidor alimentos assados. Menos de 5% da popula��o chinesa tem forno em casa. Acreditamos que no curto prazo, para n�s, o grande mercado e � o americano, mais maduro e, �bvio, mais concorrido tamb�m. Mas o p�o de queijo tem um forte apelo que � o sabor, al�m do seu valor nutricional, e caracter�sticas de alimento ex�tico, sem gl�ten e fermento. O nosso p�o de queijo ter� prioridade absoluta na sociedade com a McCain. Uma coisa � vender nos Estados Unidos e outra � poder vender l� muitas vezes mais debaixo do guarda-chuva de uma distribui��o  estruturada como a da McCain. Com certeza, seremos melhor recebidos.

RUMOS DO BRASIL
N�o se pode analisar o Brasil pontualmente. � um pa�s com potencial gigantesco, uma hora mergulhado em bom cen�rio, outra num ambiente ruim. Isso � o Brasil. Daqui a pouco voltaremos a gerar empregos e independente de quem vencer as elei��es deste ano, haver� v�rios desafios. Acredito que o novo presidente ter� o apoio da popula��o para fazer as reformas que s�o necess�rias.


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