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Estado de Minas

Com elei��o, a��es podem reservar armadilhas para o pequeno investidor


postado em 26/03/2018 20:42

A sete meses das elei��es, o espectro pol�tico permanece indefinido para a disputa da Presid�ncia da Rep�blica. Diante da incerteza, as casas de investimentos come�am a preparar seus clientes para um momento que pode ser de sobe e desce nos pre�os das aplica��es. Com os juros mais baixos da hist�ria e a Bolsa em alta, o cen�rio, dizem, pode representar uma armadilha para o investidor.

Para quem quer emo��o e pretende aproveitar a trajet�ria ascendente da Bolsa - o Ibovespa, �ndice com as a��es mais negociadas da B3, tem alta acumulada de 32,14% em 12 meses -, especialistas afirmam que empresas mais sens�veis � escolha do novo presidente, como estatais, podem ser boas para quem quer especular.

J� quem n�o busca emo��o, mas n�o quer ficar de fora do rali do mercado, a��es pouco expostas ao governo e mais ao cen�rio externo prometem menos sustos.

Dentro da Bolsa, o analista de investimentos da Modalmais Leandro Martins, recomenda ao investidor de pequeno porte optar por empresas que n�o sejam t�o afetadas por decis�es pol�ticas ou poss�veis canetadas do novo governo, como s�o as companhias estatais, de capital misto e os bancos.

Na opini�o de Martins, o investidor iniciante deve observar os pap�is classificados pelo mercado como �defensivos". S�o exemplos empresas em setores de bebidas e de minera��o. Esse tipo de a��o, segundo o analista, sofre menos impacto da conjuntura pol�tica.

Por outro lado, quem tem mais apetite ao risco, pode optar por a��es mais expostas, como, por exemplo, as estatais. Para o especialista, o futuro dessas empresas depende diretamente da nova gest�o. Ele explica que esses pap�is tendem a reagir de imediato para cima ou para baixo conforme o notici�rio das elei��es avan�a.

As a��es ligadas ao consumo, como as varejistas, tamb�m podem ser boas op��es, na opini�o do professor da Fecap Joelson Sampaio. Isso porque a retomada econ�mica e a melhora nos �ndices de desemprego favorecem o setor.

Mas, expectativas � parte, Sampaio indica algumas medidas de prote��o para o investidor dentro da renda vari�vel. Uma dica � estipular limites de perda e diversifica��o de pap�is, ou seja, n�o colocar todas as fichas em uma �nica a��o ou em um �nico setor.

Volatilidade

A diversifica��o, uma receita antiga e quase un�nime para a composi��o de um bom portf�lio de aplica��es, faz-se ainda mais necess�ria em anos de incertezas. A tens�o nos mercados � marca registrada dos anos eleitorais. S� que, diferentemente dos eventos anteriores, em 2018, os investidores est�o no escuro quanto aos nomes dos presidenci�veis. �Quem for investir estar� comprando um t�quete da montanha-russa, n�o de um carrossel", diz Arnaldo Curvello, da Ativa Investimentos.

Na elei��o passada, por exemplo, j� estava definido no in�cio de 2014 que a disputa se daria entre Dilma Rousseff (PT) e A�cio Neves (PSDB). No mercado, toda vez que a petista crescia nas inten��es de voto, a Bolsa ca�a. Bastou a eleita colocar a faixa que o mau humor se espalhou e p�s o �ndice em queda.

Em 2010, quando Dilma Rousseff foi eleita pela primeira vez, o mercado n�o chegou a ver a decis�o como uma surpresa. Mesmo assim, enquanto o jogo pol�tico se desdobrava, a curva da Bolsa se mostrou mais nervosa do que em 2009 e 2011 (ver gr�fico). Outra prova da influ�ncia da pol�tica na Bolsa foi a volatilidade que o mercado financeiro viveu em 2002, ano em que Lula foi eleito presidente pela primeira vez.

Em alta. No ano passado, a Bolsa tamb�m passou por alguns solu�os. Entre os fatores de nervosismo figuraram a dela��o premiada assinada pelos donos da JBS - que incluiu a grava��o de uma conversa entre Joesley Batista e o presidente Michel Temer, divulgada em maio.

Apesar de momentos de instabilidade, aos poucos o Ibovespa caminhou para m�ximas hist�ricas. Especialistas acreditam que o �ndice Ibovespa ainda tem potencial de at� dobrar os atuais 85 mil pontos. Se depender apenas de fatores de mercado, a vis�o de Marcio Appel, fundador da Adam Capital, � de que o valor justo para o �ndice seja de 160,6 mil pontos.

O executivo, que � atualmente o maior gestor independente de fundos multimercado no Brasil, tem uma vis�o otimista para o mercado. Ele diz n�o acreditar na elei��o de um candidato mais radical neste ano, o que favoreceria a estabilidade do mercado. Mas isso, admite, � apenas um palpite.

As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(J�ssica Alves)


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