(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Primeira fintech a abrir capital na B3, Banco Inter levanta R$ 722 milh�es


postado em 01/05/2018 07:24

Em mais uma estreia da onda de aberturas de capital em 2018, o Banco Inter, da fam�lia Menin, dona da construtora mineira MRV, come�ou nessa segunda-feira, 30, a negociar seus pap�is na B3. Ao levantar R$ 721,9 milh�es na sua oferta inicial de a��es (IPO, na sigla em ingl�s), a empresa foi considerada a primeira fintech a abrir o capital na bolsa brasileira.

"Isso vai ajudar o setor banc�rio brasileiro e dever�, de quebra, atrair outras startups do setor financeiro a abrirem capital", afirmou, em cerim�nia na B3, Jo�o Vitor Menin, presidente do Banco Inter e filho ca�ula de Rubens Menin, fundador da MRV.

O banco - que tem como lema a gratuidade de abertura de contas, no pedido de cart�o e nas transfer�ncias - estreou na bolsa valendo R$ 1,9 bilh�o. A a��o foi precificada em R$ 18,50, um pouco acima do piso do intervalo previsto (de R$ 18 a R$ 23), e a demanda ficou em 1,5 vez o total de pap�is ofertados. Investidores brasileiros ficaram com 57% das a��es.

Da oferta prim�ria, que somou R$ 541,463 milh�es, os recursos ser�o utilizados para investimentos para "incrementar opera��es de cr�dito", investimentos em tecnologia, em marketing e expans�o dos neg�cios por meio de aquisi��es estrat�gicas. Outros R$ 180,487 milh�es referem-se � oferta secund�ria.

No primeiro dia de negocia��o, o papel da companhia, que chegou a registrar alta de 16%, fechou est�vel.

Escolha por Brasil

Segundo Jo�o Vitor Menin, alguns bancos chegaram a sugerir que a institui��o abrisse seu capital em uma bolsa estrangeira, j� que nos Estados Unidos, por exemplo, h� grande presen�a de empresas do setor de tecnologia e, por isso, esse acaba sendo o destino de muitas companhias do segmento. "Mas o banco � brasileiro, feito por brasileiros e, assim, � justo que a oferta inicial seja no Brasil", afirmou.

De acordo o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, h� um mito no mercado brasileiro de que os IPOs de empresas de tecnologia precisam ser realizados fora do Pa�s. Segundo o executivo, existe no momento um esfor�o por parte da B3 para que as listagens dessas empresas sejam na bolsa local.

Finkelsztain disse ainda que as companhias brasileiras que escolhem Nova York para abrirem seu capital acabam, depois da oferta, "esquecidas", porque viram apenas mais uma entre in�meras empresas ali listadas. Neste ano, em janeiro, a empresa de meios de pagamento PagSeguro abriu seu capital na bolsa de Nova York, em uma oferta que girou mais de R$ 7 bilh�es.

Para Guilherme Horn, diretor executivo de inova��o da consultoria Accenture, a abertura de capital do Inter mostra para as fintechs brasileiras que n�o necessariamente o caminho tem de ser o de abrir capital nos EUA. Al�m disso, para ele, o IPO da empresa mineira demonstra que o mercado acredita no modelo do banco digital e no seu valor para os acionistas. "Este valor para o investidor, com base em casos de sucesso internacionais, considera um custo de aquisi��o de clientes que pode chegar a um d�cimo do de um banco tradicional e um custo de servir que pode ser um ter�o do de um banco convencional", explica Horn.

Financeira

Fundada h� 24 anos sob o nome de Intermedium, a empresa come�ou como uma financeira especializada em financiamentos imobili�rios. Em 2015, j� sem ser controlada pela construtora, a institui��o passou por um profundo processo de digitaliza��o, comandado por Jo�o Vitor Menin, que marcou a mudan�a de nome da companhia.

No fim de janeiro, o banco mineiro somava 435 mil correntistas, ap�s fechar o ano passado com patrim�nio l�quido de R$ 390,6 milh�es e uma carteira de empr�stimos e adiantamentos a clientes de R$ 2,6 bilh�es.

A abertura de capital do Inter vem em um momento de otimismo na bolsa. As duas operadoras de sa�de que abriram capital na semana passada, a cearense Hapvida e a NotreDame Interm�dica, controlada pelo fundo Bain Capital, tiveram valoriza��o de mais de 20% nos primeiros dias de preg�o.

Com um apetite dos investidores que superou em sete vezes a oferta de pap�is, a Hapvida levantou R$ 3,4 bilh�es. J� o IPO da NotreDame Interm�dica movimentou R$ 2,7 bilh�es. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Fernanda Guimar�es e C�tia Luz)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)