
Minas Gerais j� � o estado que mais utiliza equipamentos para gerar energia solar e hoje d� mais um passo importante para o setor. Em Uberl�ndia, no Tri�ngulo, 1.152 placas de gera��o fotovoltaica conectadas a baterias v�o trazer inova��o importante para o Brasil, com reflexos no exterior. A Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig) inaugura a primeira minigera��o conectada � rede no pa�s com potencial para fornecer aproximadamente 480kWh/ano. A novidade principal do projeto – que conta com parceria da Alsol Energias Renov�veis, do Grupo Algar, na execu��o –, � o armazenamento da energia captada ao longo do dia para ser devolvida � rede no per�odo noturno coincidindo com o hor�rio de maior demanda.
Com a nova usina, essa l�gica � invertida, j� que ela mescla o envio da energia para rede e o armazenamento ao longo do dia com a presen�a do sol. A partir das 18h a tecnologia permite que seja injetado na rede seu potencial de 1MW por at� tr�s horas, justamente o per�odo de maior demanda. Ao todo, a planta fotovoltaica de 300kWp (quilowatt-pico). “Um inversor capta a luz e a transforma em energia, a� a tecnologia desenvolvida passa, a partir do momento em que o sol se p�e, a fazer com que o que foi armazenado passe a ser modulado e injetado na rede. Com isso, voc� entrega um bloco de energia para o sistema”, afirma Gustavo Malagoli, presidente da Alsol e respons�vel pelo projeto.
Ainda de acordo com Malagoli, a tecnologia nacional traz ainda caracter�sticas ambientais importantes, j� que usa tr�s tipos de baterias que seriam descartadas no meio ambiente, mas que no sistema ainda podem ser reutilizadas. “Essas baterias precisam ser descartadas, mas ainda t�m vida residual que ser� reaproveitada. Com esse uso, � poss�vel prolongar a vida dessas baterias. Assim, tamb�m estamos dando mais um aspecto de cuidado com o meio ambiente”, ressalta. Tamb�m est� planejado o desenvolvimento de um hardware que possibilitar� que o tradicional inversor fotovoltaico seja acoplado �s baterias sem a necessidade de troca por um modelo h�brido, que tem alto custo.
Frederico Ribas Soares, gerente de gest�o, de tecnologia e inova��o da Cemig, destaca que a usina provoca impacto bastante positivo na rede. Al�m da qualidade da energia a ser produzida e disponibilizada para os consumidores, o aspecto ambiental � bastante relevante e ainda traz uma forma nova de comercializar. “A usina traz um modelo novo de neg�cio, e explora��o de servi�o novo que a companhia ainda n�o faz. Tanto a Alsol quanto a Cemig ter�o a possibilidade de oferecer um servi�o novo que combina armazenamento com qualidade e energia limpa”, afirmou.
A entrega � parte de um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) proposto pela Cemig e aprovado pela Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) em abril do ano passado. De acordo com Carlos Renato Fran�a Maciel, superintendente de tecnologia e efici�ncia energ�tica da Cemig, o projeto atende ao acordo que prev� a destina��o pela companhia de percentual do seu faturamento � pesquisa. “Essa tecnologia � fruto desse investimento e traz resultado bastante importante e muito nobre para o setor”, conta.
A energia gerada � suficiente para atender pelo menos 250 resid�ncias com consumo m�dio de 150 kWh/m�s. A ideia � que a energia gerada na usina de Uberl�ndia seja utilizada por empresas com elevado consumo de energia no hor�rio de ponta brasileiro, no modelo de gera��o compartilhada. A gera��o anual de energia limpa pela unidade ser� equivalente a mais de 66 toneladas de CO2 neutralizado e 266 unidades de �rvores plantadas, informa a Alsol.
Engrenagem
A usina disp�e de 1.152 placas que captam a luz solar ao longo do dia. O inversor faz com que parte da energia gerada seja encaminhada diretamente � rede e outra parte seja direcionada �s baterias, que v�o acumulando o potencial energ�tico. A partir das 18h, a tecnologia desenvolvida em hardware passa a injetar na rede o insumo que foi armazenado nas baterias, por meio de um equipamento chamado de retificador.

