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Estado de Minas

Economia mais fraca far� Ipea revisar para baixo o PIB de 2018


postado em 15/05/2018 16:06

Rio, 15 - O Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea) informou nesta ter�a-feira, 15, que, no final de junho, vai revisar para baixo a previs�o que havia feito para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2018 por conta da avalia��o de dados econ�micos j� divulgados, que indicam uma atividade econ�mica mais fraco do que o esperado.

Em mar�o deste ano, o Ipea estimava que o crescimento do primeiro trimestre seria de 1,9% na compara��o com o primeiro trimestre de 2017 e de 1% em rela��o ao �ltimo trimestre de 2017 dessazonalizado. Para o ano, a previs�o era de alta de 3%.

"Uns indicadores apontam numa dire��o e outros na outra. Come�amos a investigar uma ampla gama de indicadores, com o intuito de fazer uma an�lise mais detalhada da conjuntura. Quando se olha apenas para alguns dados, a oscila��o no curt�ssimo prazo � muito grande, mas isso n�o deveria gerar mudan�as bruscas de expectativas", explica em nota Jos� Ronaldo de Castro Souza J�nior, diretor de Estudos e Pol�ticas Macroecon�micas.

O Ipea destacou que, entre os indicadores, a pol�tica monet�ria tem sido o principal motivo do crescimento econ�mico nos primeiros meses do ano. A taxa de juros em um patamar historicamente baixo e a maior oferta de cr�dito foram os motivos de melhora em setores como bens de capital e bens de consumo dur�veis, em um cen�rio caracterizado por n�veis ainda elevados de desocupa��o e por um quadro de incerteza pol�tica devido � proximidade das elei��es.

"A taxa de juros menor favorece o aumento do consumo de bens dur�veis e o crescimento dos investimentos, que est�o concentrados em m�quinas e equipamentos", ressalta o diretor do Ipea.

Lan�ado conjuntamente com a Vis�o Geral, o Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais registrou queda de 2%, na s�rie com ajuste sazonal, entre fevereiro e mar�o, em que pese, no acumulado de 12 meses, a alta de 3,7% na demanda por bens industriais - ritmo de crescimento mais intenso que o apresentado pela produ��o dom�stica, de 2,9%, mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produ��o F�sica (PIM-PF) do IBGE.

"Quando se analisam os indicadores de atividade, esses dois setores produ��o de bens de capital e de bens de consumo dur�veis continuaram crescendo. Entre os bens de consumo dur�veis, destaca-se o excelente desempenho da venda de autom�veis. � uma atividade com peso importante dentro do setor", resume Leonardo Mello de Carvalho, do Grupo de Conjuntura do Ipea. As vendas de autom�veis acumularam 738 mil unidades no primeiro quadrimestre do ano, patamar 20,4% maior que o verificado no mesmo per�odo de 2017.

A utiliza��o da capacidade instalada da ind�stria de transforma��o, um dos indicadores destacados pelo Ipea, ainda registra ociosidade, mas tem mostrado sinais de recupera��o. J� a ind�stria de constru��o civil continua em queda, como vem sendo demonstrado pelo Indicador Ipea Forma��o Bruta de Capital Fixo (FBCF).

Marco Ant�nio Cavalcanti, diretor-adjunto de Estudos e Pol�ticas Macroecon�micas, ressalta que, de forma geral, as perspectivas da economia brasileira continuam positivas, embora sujeitas a incertezas. "Na aus�ncia de novas fontes significativas de volatilidade ou instabilidade no cen�rio externo, ou no front pol�tico dom�stico, a atividade dever� continuar em sua trajet�ria de recupera��o gradual ao longo do ano."

O mercado de trabalho tamb�m vem apresentando uma recupera��o mais gradual. Em uma an�lise conjunta dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios Cont�nua (PNADC), do IBGE, e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Minist�rio do Trabalho e Emprego, foi verificado que o crescimento est� mais localizado na informalidade, entre trabalhadores sem carteira e por conta pr�pria.

"Num per�odo de retomada, essa melhora do emprego � mais gradual. Nos per�odos em que a economia come�a a ter queda, o emprego n�o se altera concomitantemente. Ele demora naturalmente a reagir � conjuntura. Na retomada, ocorre o mesmo. Est�o sendo gerados empregos, inclusive formais, mas de forma lenta", explica Jos� Ronaldo, diretor do Ipea. A taxa de desocupa��o, calculada com dados ajustados, vem mantendo-se praticamente est�vel nos �ltimos tr�s trimestres, girando em torno de 12,5% - patamar ainda muito alto, mas 0,6 ponto porcentual inferior ao de um ano antes.

O estudo identifica ainda a piora do risco pa�s. "A taxa dos Credit Default Swaps (CDS) do Brasil - principal medida corrente de risco pa�s - (...) passou de cerca de 145 pontos-base em meados de mar�o para n�veis em torno de 185, no in�cio de maio", escrevem os pesquisadores. Essa deteriora��o teve como influ�ncia a dificuldade em se avan�ar nas reformas que viabilizem o equil�brio fiscal de longo prazo e, mais recentemente, as incertezas do cen�rio pol�tico dos pr�ximos anos.

(Denise Luna)


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