S�o Paulo e Rio de Janeiro, 18 - Os aumentos seguidos nos pre�os do diesel levaram os caminhoneiros aut�nomos a programarem uma paralisa��o em todo o Pa�s a partir de segunda-feira, 21, se n�o forem atendidas uma s�rie de reivindica��es apresentadas ao governo federal.
Os caminhoneiros querem a redu��o da carga tribut�ria sobre o diesel. Reivindicam a zeragem da al�quota de PIS/Pasep e Cofins e a isen��o da Cide (Contribui��o de Interven��o no Dom�nio Econ�mico). Os impostos representam quase a metade do valor do diesel na refinaria. Segundo eles, a carga tribut�ria menor daria f�lego ao setor, j� que o diesel representa 42% do custo da atividade.
"O dia D � amanh� (sexta-feira, 18)", disse o presidente da Associa��o Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que re�ne 700 mil caminhoneiros aut�nomos - n�o ligados �s transportadores. Ele faz refer�ncia a resposta �s reivindica��es aguardada pela categoria at� esta sexta-feira, 18, no final do dia. "A inten��o n�o � fechar rodovias, mas os caminhoneiros n�o v�o sair de casa, n�o v�o carregar os caminh�es." Nesta sexta, o transporte rodovi�rio responde por 56% de tudo que � fabricado e consumido no Pa�s e os aut�nomos transportam a maior parte da carga rodovi�ria.
Por conta dos reajustes di�rios no diesel, os caminhoneiros aut�nomos dizem estar no limite. Nos �ltimos 12 meses, o diesel subiu 15,9% no posto.
O aumento � resultado da nova pol�tica de pre�os da Petrobr�s, que repassa para os combust�veis a varia��o da cota��o do petr�leo no mercado internacional, para cima ou para baixo. Nos �ltimos meses, por�m, o petr�leo tem apresentado forte alta - ontem, chegou a bater na casa dos US$ 80 o barril, valor que n�o registrava desde novembro de 2014.
Os motivos da alta s�o principalmente geopol�ticos, somados aos 17 meses de redu��o da produ��o dos pa�ses da Organiza��o dos Pa�ses Exportadores de Petr�leo (Opep). "Os fatores geopol�ticos n�o v�o arrefecer r�pido, por isso, o pre�o n�o vai cair, mas pode estimular investimentos para aumento de produ��o em pa�ses como o Brasil", disse Mauricio Tolmasquim, professor da Coppe/UFRJ.
Postos
A reivindica��o dos caminhoneiros � apoiada pelos donos de postos de combust�veis, que dizem estar perdendo margens com os aumentos de pre�os. Segundo o presidente da Fecombust�veis, Paulo Miranda Soares, o setor vai sugerir ao governo a redu��o dos impostos sobre os combust�veis e tamb�m que a Petrobr�s fa�a o reajuste em intervalos maiores. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
(M�rcia De Chiara e Denise Luna)