Associa��o Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) convocou os caminhoneiros aut�nomos do Pa�s a participar de paralisa��o nacional a partir das 6h de segunda-feira contra os impostos sobre o �leo diesel.
"A decis�o foi tomada ap�s esperar por uma resposta do governo federal, que at� o momento n�o tomou qualquer iniciativa em rela��o aos pleitos feitos pela categoria", disse h� pouco, em nota, a Abcam.
O presidente da Associa��o Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), Jos� da Fonseca Lopes, disse que at� as 18h aguardava um posicionamento do governo.
A principal reivindica��o, segundo Lopes, � a retirada dos encargos tribut�rios sobre o �leo diesel. A Abcam protocolou na segunda-feira of�cio na Presid�ncia da Rep�blica e na Casa Civil pedindo que o governo zere a carga tribut�ria sobre opera��es com �leo diesel e tamb�m a isen��o da Contribui��o de Interven��o no Dom�nio Econ�mico (Cide) sobre a receita da venda interna de �leo diesel a ser usado pelo transportador aut�nomo de cargas.
"A necessidade que temos � essa, e a nossa perspectiva � levar isso at� o fim", disse Lopes, ressaltando que a paralisa��o n�o tem data para terminar. "Estamos taxativos e objetivos. Se n�o tirar tributos do diesel, n�o tem acerto, continuamos parados." Segundo ele, o diesel representa 42% do custo dos transportadores aut�nomos.
A associa��o tamb�m busca discutir a pol�tica de ajuste do pre�o do diesel da Petrobras, que, segundo o representante da Abcam, prejudica o planejamento dos caminhoneiros aut�nomos. O mais recente reajuste do combust�vel ocorreu hoje, com o valor m�dio nacional do litro do diesel A subindo para R$ 2,3488 (+0,80%).
A Abcam tem 600 sindicatos e 7 federa��es filiadas e representa de 600 mil a 700 mil caminhoneiros no Brasil. Lopes projeta ades�o em torno de 60% a 70% da categoria no Brasil at� o meio-dia de segunda-feira.
Segundo o representante, nos primeiros dias a maior ades�o deve ser no Sul e Centro-Oeste do Pa�s para depois se estender para Norte e Nordeste. Outras entidades tamb�m v�o aderir � paralisa��o, segundo a Abcam: Uni�o Geral dos Transportadores Escolares (Ugtesp), Cooperativa de Turismo do Distrito Federal (Coopetur), Sindfrete, Unitrans Brasil, Sindicato de Escolares de Pernambuco e Sindicato de Taxistas de S�o Paulo e Nordeste.
Lopes ressaltou, ainda, que a associa��o prev� manifesta��es pac�ficas, com apenas interrup��o do transporte de cargas, diferentemente do que aconteceu em 2015.
"Queremos todo mundo em casa e, quem n�o puder chegar em casa, que pare em um posto de abastecimento. A gente n�o gostaria de ver ningu�m trancando rodovia, queimando pneu e quebrando caminh�o. Caso contr�rio, n�o vamos conseguir atingir os nossos objetivos."
Abastecimento
O presidente da Abcam disse tamb�m que, mesmo que o governo decida chamar os caminhoneiros para conversar na segunda-feira, o di�logo vai ocorrer em meio � paralisa��o. "N�o vamos aceitar pedidos para suspender o movimento e vir conversar, de maneira nenhuma. Temos hora e dia para come�ar, mas n�o temos hora e dia para parar."
Ele ressaltou que, se a greve se estender por cinco a seis dias, o com�rcio e o agroneg�cio devem ser afetados pelo desabastecimento de produtos. Caminh�es que na segunda-feira estejam em tr�nsito com carga viva ter�o a passagem liberada para descarregar.