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Estado de Minas

Consumidor ainda n�o se preocupa com a prote��o aos ciberataques

Para especialistas, fraudes podem diminuir se os fabricantes de equipamentos priorizarem a seguran�a


postado em 21/05/2018 12:00 / atualizado em 21/05/2018 10:07

Cerca de 62 milhões de internautas do Brasil sofreram prejuízo com ataques à rede verificados em 2017(foto: Reprodução da internet - 2/2/18)
Cerca de 62 milh�es de internautas do Brasil sofreram preju�zo com ataques � rede verificados em 2017 (foto: Reprodu��o da internet - 2/2/18)

S�o Paulo – O n�mero crescente de casos de viola��o da privacidade e da seguran�a de dados que circulam pela internet tem colocado estudiosos e empresas em estado de alerta. Os investimentos para prote��o v�m crescendo, mas tamb�m aumentam as portas de entrada de poss�veis amea�as. N�o � de hoje que os debates sobre esses riscos ganharam maior visibilidade e refor�aram a urg�ncia de iniciativas capazes de combater os perigos que rondam a rede. O desafio agora � deixar o discurso de lado e colocar em pr�tica a��es concretas.


Nos �ltimos anos, foram noticiados ciberataques a bancos, hospitais, aeroportos, centrais el�tricas, al�m do vazamento de dados de redes sociais e varejistas, inclusive no Brasil. O tamanho dos estragos � grande. De acordo com o Norton Cyber Security Insights Report 2017, divulgado pela Norton by Symantec, o Brasil foi o segundo pa�s que mais perdeu financeiramente com ataques virtuais, atr�s apenas da China. As perdas no ano passado chegaram a US$ 22 bilh�es e atingiram por volta de 62 milh�es de brasileiros, o equivalente � metade do n�mero total (125,1 milh�es) de usu�rios de internet no pa�s.


Cada vez mais tem sido necess�rio investir em prote��o. Segundo estudo do Gartner, empresa de pesquisa em tecnologia, os ataques com base em Internet das Coisas (IoT, na sigla em ingl�s) j� atingiram cerca de 20% das organiza��es nos �ltimos tr�s anos. Por isso, os investimentos em prote��o t�m aumentado. A previs�o � de que o gasto mundial em seguran�a de IoT chegue a US$ 1,5 bilh�o em 2018, aumento de 28% em rela��o � cifra de US$ 1,2 bilh�o aplicada em 2017.


Ricardo Giorgi, instrutor oficial de treinamentos do (ISC)², instituto dedicado � educa��o e certifica��es profissionais em seguran�a da informa��o e ciberseguran�a, acredita que os ataques crescer�o � medida em que avan�ar tamb�m o n�mero de pessoas e equipamentos conectados. “As pessoas acham que est�o protegidas s� porque est�o atr�s do computador, mas n�o � assim”, diz Giorgi.  “Criminosos com alto conhecimento tecnol�gico invadem os sistemas, cobram por informa��es ou fazem o uso financeiro dos dados que conseguirem”, explica.


O especialista acredita que enquanto a Internet das Coisas aumentar sua presen�a na casa das pessoas, maior ser� o risco de exposi��o a ciberataques. “A vulnerabilidade est� em todo lugar, desde a smartv da sala at� o carro ou a geladeira conectada � internet”, avalia Giorgi. Analista s�nior de seguran�a da Kaspersky Lab, Fabio Assolini tamb�m aposta no aumento dos ataques � medida em que a IoT avan�ar. “Esse � o efeito colateral. Quanto mais dispositivos conectados, mais ataques v�o ocorrer, pois aumentam as possibilidades. Isso s� muda com o tempo, ou seja, quando os fabricantes passam a priorizar a seguran�a, e n�o apenas o design ou as funcionalidades dos seus produtos”, alerta. Por enquanto, isso est� longe de acontecer.

Vulner�veis O gerente de consultoria e pesquisa da IDC Brasil, Pietro Delai, faz uma analogia com os “tempos digitais”, vividos hoje, e o per�odo anal�gico. “Da mesma forma que tranc�vamos a porta da frente e de tr�s da casa para nos protegermos, temos de pensar em fechar todas as entradas quando falamos de rede”, afirma Delai. “As pessoas est�o mais conectadas, por exemplo, com o avan�o da Internet das Coisas, e ficar�o cada vez mais expostas”, diz.


Segundo ele, pelo menos 4% da popula��o brasileira tem acesso IoT em casa, e esse percentual � crescente. Se por um lado os usu�rios de rede estar�o cada vez mais vulner�veis a ataques, por outro, acredita Delai, o acesso a IoT e a novas tecnologias ser� cada vez mais barato. Com o aumento do n�mero de usu�rios, os pre�os tendem a cair, assim como ocorre com outros produtos e servi�os.

Como se protejer

  • Use um bom antiv�rus tanto no smartphone quanto no computador e n�o confie na prote��o que um programa gratuito pode oferecer. Ele pode apenas dar a falsa sensa��o de seguran�a
  • Na internet ningu�m d� nada a ningu�m. Portanto, fuja de e-mails que oferecem alguma vantagem
  • Com a internet das coisas, as portas abertas para poss�veis ataques aumentam. Por isso, � importante ficar atento � prote��o de outros dispositivos conectados, desde a smartv at� o carro.
  • Troque a senha padr�o de todos os equipamentos (login ADMIN e senha 123456) para um acesso que s� voc� conhe�a, inclusive no Wi-Fi
  • Monitore comportamentos diferentes em seus equipamentos. Por exemplo, se o Wi-Fi est� lento pode ser que algu�m esteja compartilhando sua banda larga
  • Na hora de escolher equipamentos conect�veis, opte por aqueles que s�o f�ceis de ser acessados quando voc� for trocar senhas ou mudar alguma configura��o. Do contr�rio, eles v�o continuar vulner�veis.
  • Mantenha seus programas atualizados, tanto o sistema operacional quanto os softwares. As corre��es lan�adas ajudam a proteg�-lo
  • Aprenda sobre os golpes e amea�as circulando na internet. Informa��o ajuda na preven��o


Fonte: Fabio Assolini, Pietro Delai e Ricardo Giorgi


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