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Estado de Minas

Pol�cia Federal vai investigar possibilidade de locaute em greve de caminhoneiros


postado em 25/05/2018 12:42

Bras�lia, 25 - A Pol�cia Federal vai investigar a possibilidade de locaute na paralisa��o dos caminhoneiros, que entrou nesta sexta-feira, 25, no quinto dia, apesar do acordo firmado na noite de quinta-feira. Mesmo com a c�mara de compensa��o proposta pelo governo, que manter�, por meio de subven��es bancadas pelo Tesouro, o pre�o do diesel est�vel para os distribuidores, o que se constata nesta sexta � a amplia��o dos pontos de reten��o das estradas e n�o a redu��o do movimento, como esperava o governo.

Locaute � caracterizado quando empres�rios de um setor contribuem, incentivam ou orientam a paralisa��o de seus empregados. Ou seja, � uma greve liderada pelos patr�es, com o intento de obten��o de benef�cios para o setor, o que � proibido por lei.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, a avalia��o do pr�prio governo � de que o Planalto subestimou a propor��o que a mobiliza��o poderia tomar, um erro do sistema de intelig�ncia, que � comandado pela Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin).

Interlocutores diretos do presidente comentaram que, como esta n�o era a primeira greve de caminhoneiros nos �ltimos tempos - e, em todas elas, o movimento arrefecia ao final de alguns dias - a avalia��o era de que n�o haveria dificuldade em chegar a um acordo rapidamente.

A possibilidade de locaute come�ou a ser pensada na ter�a-feira, quando a paralisa��o ganhou dimens�o nacional. O quadro foi agravado, e muito, a partir da quarta-feira.

Embora o governo reconhe�a que h�, sim, uma mobiliza��o fort�ssima dos caminhoneiros aut�nomos, que representam mais da metade dos trabalhadores da �rea, acreditam tamb�m que a paralisa��o s� chegou ao ponto em que est� por ter apoio do empresariado.

O governo reconhece que a gravidade da situa��o subiu alguns andares neste momento e a tens�o aumenta no Planalto. No domingo passado, quando foram realizadas as primeiras reuni�es com o presidente Michel Temer, no Pal�cio do Jaburu, nem ele nem seus ministros imaginavam que a situa��o pudesse chegar onde chegou, com tend�ncia de agravamento ainda maior, sem precedentes no Pa�s.

Por enquanto, todos no governo est�o cautelosos e falam apenas em "ind�cios", "possibilidades" e n�o querem fazer acusa��es diretas. Sabem que tamb�m � grande a mobiliza��o dos caminhoneiros aut�nomos. E j� h� outros segmentos aderindo aos protestos, por conta do pre�o da gasolina.

Mas, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, o governo est� convencido de que o dedo dos patr�es levou o movimento a este ponto e isso mudou o perfil da greve, que come�a a dar sinais de que pode ficar fora de controle. � crescente o problema de desabastecimento no Pa�s.

O fato de os pontos de paralisa��o terem aumentado ap�s o an�ncio do acordo na noite de quarta, sinaliza, segundo fontes do Planalto, que o movimento acredita continuar contando com apoio da popula��o e que conta com a ades�o de outras categorias nos protestos, como taxistas, motoristas de aplicativo e motoboys.

Por isso tamb�m aumenta a preocupa��o, no interior do governo. O temor � que, se houver essa ades�o expl�cita de outro segmento da popula��o, j� que uma insatisfa��o enorme com o reajuste di�rios dos demais combust�veis tamb�m, o problema saia do controle.

Por enquanto, embora todos estejam assustados com a persist�ncia e crescimento dos problemas com a manuten��o e aumento da paralisa��o, o governo evita falar em outras medidas para desobstru��o de pistas porque n�o tem como obrigar os motoristas a trafegarem nas estradas e abastecerem supermercados e postos de gasolina, por exemplo, que j� sofrem com a falta de produtos.

(T�nia Monteiro)


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