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Estado de Minas

Choque externo reduziu chances de a infla��o permanecer abaixo da meta, diz Ilan


postado em 25/05/2018 12:48

Rio, 25 - O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou nesta sexta-feira, 25, que a mudan�a no cen�rio externo reduziu as chances de a infla��o ficar abaixo da meta em 2018, o que pesou na decis�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) de manter a taxa b�sica Selic em 6,50%. Segundo Goldfajn, o balan�o de riscos atual aponta para a manuten��o da taxa nesse n�vel nas pr�ximas reuni�es do Copom.

"A favor da decis�o de manter a taxa Selic em 6,50% pesou a mudan�a no balan�o de riscos para a infla��o em fun��o do choque externo, que reduziu as chances de a infla��o permanecer abaixo da meta no horizonte relevante por meio de poss�veis impactos secund�rios na infla��o. Isso tornou desnecess�ria a mitiga��o de risco de converg�ncia demasiadamente lenta da infla��o �s metas", afirmou Ilan Goldfajn, no discurso de abertura do XX Semin�rio Anual de Metas para a Infla��o, organizado pelo BC no Rio.

Segundo Ilan, "pesando o cen�rio b�sico e o balan�o de riscos, o Comit� concluiu que a decis�o de manter a taxa de juros no atual patamar era a mais apropriada". Para as pr�ximas reuni�es, os membros do Copom decidiram sinalizar que, com proje��es de infla��o confort�veis e o atual balan�o de riscos, veem como adequada a manuten��o da taxa de juros no patamar corrente, disse o presidente do BC.

No balan�o de riscos, embora ainda exista a possibilidade de a infla��o de 2018 ficar abaixo da meta, a frustra��o das expectativas sobre as reformas na economia pode afetar pr�mios de risco e, consequentemente, a din�mica de pre�os. Por isso, "reformas e ajustes s�o fundamentais para a economia, para o controle da infla��o e para juros menores", disse Ilan Goldfajn no discurso.

"� preciso tamb�m enfatizar que a aprova��o e implementa��o das reformas, notadamente as de natureza fiscal, e de ajustes na economia brasileira s�o fundamentais para a sustentabilidade do ambiente com infla��o baixa e est�vel, para o funcionamento pleno da pol�tica monet�ria e para a redu��o da taxa de juros estrutural da economia, com amplos benef�cios para a sociedade", afirmou o presidente do BC.

Pol�tica econ�mica

Ilan afirmou que a mudan�a na pol�tica econ�mica a partir de 2016 foi fundamental para queda da infla��o a partir de 2017. Na introdu��o do discurso de abertura do semin�rio, ele lembrou que, quando assumiu o cargo, em maio de 2016, a infla��o vinha de "quase 11%", mesmo diante de uma retra��o de 8% no Produto Interno Bruto (PIB) em dois anos, portanto, a atividade econ�mica vinha de um de seus maiores decl�nios.

"A condu��o firme da pol�tica monet�ria, aliada � mudan�a na dire��o da pol�tica econ�mica de forma geral, foi decisiva para reduzir as expectativas de infla��o e para colocar a infla��o em trajet�ria de queda. Como resultado desse trabalho, desde o ano passado temos observado a redu��o da infla��o, a queda das taxas de juros e a recupera��o gradual da economia", afirmou Ilan.

O presidente do BC lembrou que a infla��o acumulada em 12 meses foi reduzida para 2,8% em abril deste ano. A queda em rela��o ao pico � de mais de 8 pontos porcentuais, "uma queda significativa", disse Ilan.

"As expectativas de infla��o para 2018 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 3,5% e as expectativas para 2019 e 2020 situam-se em torno de 4,0%", afirmou o presidente do BC.

(Altamiro Silva Jr. e Vinicius Neder)


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