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Estado de Minas CRISE DOS COMBUST�VEIS

Pre�os disparam nas bombas: gasolina sobe 5%; etanol, 9%; e diesel 2%

Pre�o do insumo subiu 2,48% em postos de BH, depois da paralisa��o dos caminhoneiros, enquanto a gasolina encareceu 5,78% e o etanol 8,9%, mostra pesquisa do Mercado Mineiro


postado em 02/06/2018 08:22 / atualizado em 02/06/2018 09:54

Recomendação aos motoristas é para que não encham o tanque, porque tendência é de queda nos preços(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Recomenda��o aos motoristas � para que n�o encham o tanque, porque tend�ncia � de queda nos pre�os (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

Os motoristas pagaram em dobro pelo desabastecimento dos combust�veis em raz�o da greve dos caminhoneiros. Se n�o bastasse o transtorno com o tanque vazio, os pre�os subiram depois que as revendas come�aram a ser reabastecidas. Houve remarca��es nos pre�os da gasolina, do etanol e at� do diesel no com�rcio varejista da Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. � a conclus�o de uma pesquisa realizada pelo site especializado em levantamento de pre�os Mercado Mineiro, em parceira com o Estado de Minas. A compara��o de pre�os anunciados nessa sexta-feira nas bombas aos praticados no �ltimo dia 20 mostrou que a gasolina encareceu 5,78%, em m�dia; o etanol, 8,91% e o diesel, 2,48%, tamb�m na m�dia.

 

A pesquisa foi feita em 20 estabelecimentos (veja os resultados no quadro), cujos pre�os v�m sendo acompanhados pelo Mercado Mineiro. De acordo com diretor-executivo site, Feliciano Abreu, a incerteza e a ansiedade atrapalham o consumidor. “� necess�rio abastecer somente em caso de extrema necessidade. Isso porque a tend�ncia � de varia��o nos pre�os nas pr�ximas semanas, at� a estabiliza��o da oferta”, afirma.

 

Pelo mesmo motivo, ele aconselha o consumidor a n�o encher o tanque. Outra dica, segundo ele, � optar pelo etanol em detrimento da gasolina, pois o pre�o, mesmo com o maior reajuste, ainda vale mais a pena.
Ainda segundo Abreu, os percentuais observados na pesquisa de pre�os antes e depois da greve dos caminhoneiros representam “aumento consider�vel”, em rela��o �s pesquisas anteriores.

 

Para o diretor-executivo do Mercado Mineiro, isso ocorreu porque os donos de postos aproveitaram a oportunidade para reajustar seus pre�os. Procurado pela reportagem do EM, o Sindicato do Com�rcio Varejista de Derivados do Petr�leo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) defendeu que o setor trabalha num sistema de “livre mercado”, sendo que h� leis que protegem os propriet�rios quanto ao acr�scimo de pre�os. “Ainda que o pre�o dos combust�veis seja livre, e o Sindicato n�o desempenha nenhum papel para interfer�ncia na composi��o do valor de bomba. O Minaspetro ressalta que repudia aumento abusivo do pre�o dos combust�veis, que mancha a imagem dos bons empres�rios que trabalham no setor”, diz o sindicato em nota.

Causa parcial


"Eles (o governo) deveriam reduzir os pre�os de todos os combust�veis, n�o somente o diesel" - St�fany Vaz da Silva (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Para alguns motoristas, a paralisa��o foi justa, mas precisaria se voltar tamb�m � redu��o da gasolina e do etanol. “Eles deveriam reduzir os pre�os de todos os combust�veis, n�o somente o diesel. O Brasil inteiro deveria aderir � greve e apoiar os caminhoneiros. Eu estou desde o in�cio da greve sem abastecer, mas tive que vir hoje porque n�o tive op��o. Fiquei ref�m dos postos”, disse a motociclista St�fany Vaz da Silva, que � irm� de dois caminhoneiros. Para Luiz Kraus, o ato dos caminhoneiros n�o surtiu efeito algum para o consumidor final. “Eu j� abasteci, mas enfrentei muita fila. Os pre�os da gasolina e do diesel est�o mais altos que antes da paralisa��o”, disse.

 

"Os caminhoneiros precisam cobrar a diminui��o (de pre�os) em todos os combust�veis, sen�o fica dif�cil" - Jos� Batista Sobrinho (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Por outro lado, outros condutores n�o perceberam altera��o nas taxas cobradas pelo servi�o. “Eu acho que o pre�o, nos lugares onde abasteci, est�o mantidos. At� aqui, n�o vi irregularidades”, ressaltou Altamiro Soares, que, depois de encher o tanque em um posto no Barreiro, estava numa revenda da Avenida �lvares Cabral na manh� dessa sexta. J� Jos� Batista Sobrinho salientou que, apesar da estabilidade, a situa��o pode se reverter. “At� aqui, est� o mesmo pre�o de antes. Mas, os caminhoneiros precisam cobrar a diminui��o em todos os combust�veis, sen�o fica dif�cil. Eles v�o parar novamente no futuro, mas o problema vai continuar. Se n�o resolver isso, vai nos complicar” afirmou, o motorista, que enfrentava a fila para abastecer pela terceira vez na semana.

Pol�tica de pre�os

O governo federal adotou diferentes medidas para redu��o nos pre�os do diesel, de R$ 0,46 em cada litro do combust�vel, por meio do corte de dois tributos: a Contribui��o de Interven��o no Dom�nio Econ�mico (Cide) e o PIS/COFINS.  A �ltima proje��o do diesel era de R$ 2,23 por litro, em m�dia, nas refinarias do Brasil. Apesar da promessa, o desconto ainda n�o chegou aos fornecedores, de acordo com Minaspetro. Durante a greve dos caminhoneiros se intensificaram tamb�m as cr�ticas � pol�tica de pre�os da Petrobras, que vem resultando em aumentos ou algumas quedas em revis�es mensais dos pre�os, atreladas ao comportamento dos pre�os do petr�leo no exterior.


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