IBGE: mesmo com resultado positivo, ind�stria est� 1,3% abaixo do n�vel de 2017

Rio, 05 - A alta de 0,8% registrada pela ind�stria em abril ante mar�o mostra uma mudan�a positiva no ritmo de produ��o em rela��o ao que vinha sendo observado neste in�cio de 2018, avaliou Andr� Macedo, gerente na Coordena��o de Ind�stria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). No entanto, o bom desempenho ainda n�o recupera as perdas registradas nos meses anteriores.

"De fato abril aparece com resultado diferente do que vinha ocorrendo na s�rie com ajuste sazonal", ressaltou Macedo. "A alta de abril � importante, mas ainda insuficiente para compensar a queda desde dezembro. Mesmo com resultado ainda positivo, ind�stria est� 1,3% abaixo do patamar de dezembro de 2017", completou.

Em dezembro ante novembro de 2017, a produ��o industrial tinha crescido 2,9%. Em janeiro, houve recuo de 2,1%, seguido por ligeiro avan�o de 0,1% em fevereiro, e queda de 0,1% em mar�o. Os dados s�o da Pesquisa Industrial Mensal divulgada nesta ter�a-feira, 5, pelo IBGE.

Segundo Macedo, a menor intensidade da demanda dom�stica ainda atrapalha a ind�stria. Embora as exporta��es estejam ajudando a impulsionar alguns setores industriais, ele acredita que um n�vel mais elevado de produ��o depende de uma maior absor��o de pessoas pelo mercado de trabalho, o que aumentaria tamb�m a massa de sal�rios em circula��o na economia.

"O mercado de trabalho ainda est� com dificuldade de absor��o de pessoas que est�o fora dele. Claro que voc� n�o pode imaginar um n�vel maior de produ��o sem que voc� tenha um mercado interno caminhando de forma mais vigorosa. A demanda dom�stica ainda est� muito enfraquecida", observou o gerente do IBGE.

A ind�stria operava em abril 14,6% abaixo do pico de produ��o registrado em maio de 2011.

"Esse distanciamento j� foi maior, atingiu 20,9% em outubro de 2016. Ent�o isso mostra que a gente j� teve algum tipo de ganho. Mas essa dist�ncia tamb�m j� foi um pouquinho menor, como, por exemplo, em dezembro do ano passado, quando era de 13,4%. Essa diferen�a entre o patamar de abril e de dezembro deve-se justamente a essa perda que a ind�stria est� tendo neste in�cio de 2018", justificou Macedo.

(Daniela Amorim)