S�o Paulo, 22 - Demanda interna mais fraca e queda nas exporta��es levaram o setor cal�adista a registrar em maio o pior saldo de empregos do ano, com 3,9 mil vagas perdidas. O setor sofreu no per�odo com uma temporada de encomendas fracas para as vendas externas de outono e inverno, afirma o presidente da Associa��o Brasileira das Ind�strias de Cal�ados (Abical�ados), Heitor Klein.
As exporta��es brasileiras de cal�ados ca�ram 4,9% em maio ante o mesmo m�s do per�odo anterior, chegando a 46,7 milh�o de pares.
"O d�lar no momento em que est�vamos negociando essas vendas ainda estava em R$ 3,20 a R$ 3,25", comenta Klein. Para ele, a sustenta��o do c�mbio em patamares mais elevados at� o final do ano poderia levar a uma retomada do crescimento das vendas externas, mas isso s� afetaria as cole��es do pr�ximo ver�o.
A avalia��o da Abical�ados � que o setor tinha uma perspectiva mais otimista no in�cio do ano. Em janeiro, o saldo de empregos era positivo em 11 mil. "Em janeiro a gente imaginava que o ano n�o seria t�o fabuloso, mas n�o pensava que seria t�o ruim como est� se apresentando", concluiu.
Tributa��o
O setor est� entre os afetados pela redu��o no Reintegra, programa de incentivo a exporta��es. Como parte de um pacote lan�ado pelo governo para compensar as perdas geradas com o subs�dio ao pre�o do diesel ap�s a paralisa��o dos caminhoneiros, o Reintegra teve sua al�quota reduzida de 2% para 0,1%.
Klein afirma que a Abical�ados deve ir � Justi�a contra a medida e j� contratou advogados e consultores. A entidade reclama a continuidade da al�quota de 2% at� o final do ano.
"Temos seguran�a de que nossa demanda vai prosperar", diz ele. Houve um determinado volume de neg�cios que foi feito levando em conta esses 2% no c�lculo do pre�o de venda e a redu��o representa preju�zo na veia do exportador", conclui.
(Dayanne Sousa)