Lan�amentos e vendas de im�veis caem em maio e mercado deve desacelerar

S�o Paulo, 17 - Os lan�amentos e as vendas de im�veis na cidade de S�o Paulo recuaram em maio quando comparadas com o mesmo m�s do ano passado, mas melhoraram em compara��o com abril deste ano, segundo dados do Sindicato da Habita��o de S�o Paulo (Secovi-SP).

Apesar dos resultados positivos acumulados nos �ltimos meses, o sindicato empresarial passou a considerar uma revis�o em suas proje��es para o segundo semestre devido � deteriora��o do ambiente econ�mico no Pa�s.

Conforme pesquisa divulgada nesta ter�a-feira, 17, pelo Secovi-SP, as vendas de im�veis residenciais novos atingiram 2.158 unidades em maio, alta de 19,8% em compara��o com abril e queda de 0,6% em rela��o ao mesmo m�s do ano passado. J� no acumulado dos �ltimos 12 meses at� maio, as vendas totalizaram 27.307 unidades, uma expans�o de 59,6% em rela��o aos 12 meses anteriores, indicando uma recupera��o robusta at� aqui.

Por sua vez, os lan�amentos chegaram a 1.721 unidades em maio, alta de 45,7% em compara��o com abril e queda de 35,1% em rela��o ao mesmo m�s do ano passado. J� no acumulado dos �ltimos 12 meses at� maio, os lan�amentos totalizaram 30.369 unidades, uma expans�o de 38,9% em rela��o aos 12 meses anteriores.

A cidade de S�o Paulo encerrou o m�s de maio com um estoque - composto por im�veis na planta, em obras e rec�m-constru�dos - de 17.425 unidades, montante 20,7% inferior ao de um ano antes, apontando para um reequilibro entre oferta e demanda ap�s anos de crise e estoques elevados na capital paulista.

O presidente do Secovi-SP, Fl�vio Amary, considerou os n�meros de maio saud�veis, apesar da paralisa��o dos caminhoneiros no fim do m�s, que mexeu um pouco com o movimento nos estandes de vendas. "Ainda estamos com dados positivos. Faz parte do ciclo haver algumas oscila��es", disse, minimizando os efeitos do movimento dos caminhoneiros. Na sua avalia��o, esses efeitos dever�o ser mais aparentes na pesquisa com os dados de junho, quando a greve atingiu seu �pice, atrapalhando os lan�amentos e as vendas do m�s.

Amary acrescentou que espera uma desacelera��o no ritmo de crescimento do mercado imobili�rio ao longo deste semestre, refletindo a revis�o das proje��es para o Produto Interno Bruto (PIB), a eleva��o do d�lar, as incertezas eleitorais e, principalmente, a queda na confian�a tanto de consumidores quanto de empres�rios da constru��o.

"O grande impacto vai acontecer ainda. Nos pr�ximos meses, devemos ver o resultado desse cen�rio mais dif�cil", estimou. Al�m disso, as vendas e os lan�amentos realizados em 2017 se concentraram nos �ltimos meses do ano, o que implicar� uma base de compara��o mais forte, explicou Amary.

Por conta desses fatores, o Secovi-SP est� revisando internamente suas proje��es para 2018, que ser�o divulgadas novamente no pr�ximo m�s. No come�o do ano, o sindicato previa que os lan�amentos deveriam permanecer est�veis em compara��o com 2017. Por sua vez, a proje��o para as vendas era de alta de 5% a 10%. "Ainda n�o quero falar em n�meros, mas ser� uma revis�o para baixo", sintetizou.

O l�der empresarial ainda lamentou a rejei��o da Comiss�o de Assuntos Econ�micos do Senado ao projeto de lei que cria regra para os distratos. Agora, o texto deve ir ao plen�rio da Casa s� em agosto. Segundo Amary, esse tem sido um dos pontos que mais causam inseguran�a jur�dica ao setor e que mais desestimularam o lan�amento de novos empreendimentos. "Ainda acreditamos que os senadores entender�o a import�ncia dessa regulamenta��o para impulsionar a retomada do mercado."

(Circe Bonatelli)