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Estado de Minas ECONOMIA

'Agora � a hora de esperar para ver', diz Lisa Schineller da S&P


postado em 29/07/2018 13:00

O Brasil tem dois desafios pela frente, na vis�o de Lisa Schineller, diretora de rating soberano da Standard & Poor's. O primeiro � a defini��o do cen�rio eleitoral. O segundo � a capacidade que o candidato ter� para implementar na pr�tica o discurso adotado durante a campanha. Segundo ela, decis�es importantes de investimento dever�o ficar "para um momento em que o cen�rio esteja mais claro". A seguir, os principais trechos da entrevista.

V�rios bancos est�o cortando as estimativas para a economia brasileira � medida que a elei��o se aproxima. O risco pol�tico � um fator-chave para o Pa�s?

Sempre estivemos na faixa menos otimista das perspectivas para a economia brasileira. Em janeiro, quando rebaixamos a nota de cr�dito do Brasil, foi em parte por causa das elei��es de outubro. N�s sempre previmos uma expans�o de 2,2%, no m�ximo, para o Brasil em 2018, enquanto outros previam 2,5% ou mais.

Ent�o � natural que a economia siga lenta?

Temos cerca de dois meses e meio para as elei��es. Embora n�o acreditemos em uma paralisa��o da economia, o fato � que decis�es importantes de investimento poder�o ficar para um momento em que o cen�rio seja mais claro. E, depois das urnas, tamb�m haver� um per�odo para analisar se a ret�rica de campanha poder� ser implementada na pr�tica. Ent�o, ser� um momento de provavelmente esperar para ver.

Que tipo de defini��o os investidores devem esperar?

O cen�rio global est� um pouco diferente. Houve um momento em que os juros no Brasil estavam em queda - e esse ciclo se encerrou. O contexto de maior volatilidade, que tamb�m se refletiu num real em n�vel mais fraco, tamb�m tem um papel a cumprir nas decis�es de investimento.

E as decis�es externas, de pa�ses como os EUA, tamb�m afetam o Brasil?

Acho que a comunica��o das altas de juros nos Estados Unidos tem sido clara, tudo tem sido informado com anteced�ncia. Existe uma volatilidade para o real, mas n�o � t�o grave quanto o que ocorreu na Argentina ou na Turquia, embora o Brasil tenha a quest�o fiscal e a din�mica eleitoral como pontos fracos.

E a amea�a de guerra comercial, pode ter algum efeito por aqui?

Uma quest�o a se observar nessa din�mica entre os EUA e a China � que esses dois pa�ses, assim como o Brasil, t�m uma economia muito fechada. Todos dependem muito de seu mercado interno. Ent�o, n�o existe risco de uma desacelera��o consider�vel na China ou nos EUA (por causa dessa discuss�o).

Como est� a vis�o atual da ag�ncia para o Brasil?

Nossa perspectiva, por enquanto, � est�vel.

O setor privado tem sido mais ativo nessa campanha do que nas anteriores. Isso � um fator positivo?

Acho que existe uma tend�ncia do setor produtivo em tentar influenciar as pol�ticas (econ�micas). Acho que a sociedade civil est� ampliando seu papel. O Brasil vem de um per�odo de contra��o econ�mica e ainda tem significativos desafios fiscais. Por isso, � necess�ria uma melhora das regras. O governo de Michel Temer tinha uma agenda macroecon�mica bem articulada, mas sempre achamos que o tempo de implementa��o era apertado. E esse tipo de mudan�a leva tempo, � um comprometimento que vai atravessar m�ltiplos governos. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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