A meta de desinvestimentos, de US$ 21 bilh�es at� o fim do ano, ficou "muito mais desafiadora" a partir da decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF) de exigir que venda de controle de ativos deve ser previamente aprovada pelo Congresso, segundo o presidente da Petrobras, Ivan Monteiro.
Em coletiva de imprensa para apresentar o resultado financeiro do segundo trimestre, o executivo informou que a meta est� mantida e que a previs�o � de que entrem mais US$ 2 bilh�es neste ano, que se somar�o a outros US$ 5 bilh�es j� contabilizados. Assim, o somat�rio de desinvestimento em 2018 deve alcan�ar US$ 7 bilh�es.
"Uma das maiores contribui��es (de venda da TAG) teve o processo paralisado por conta da decis�o do STF. Mas a gente manteve a meta, em especial porque tem outros ativos importantes que est�o na fase final (de negocia��o de venda)", afirmou Monteiro. Ele acrescentou ainda que a "alta do petr�leo tem contribu�do para um aumento da liquidez e do grau de interesse pelos ativos de explora��o e produ��o, com reflexos em pre�os melhores do que o estimado no in�cio do ano".
O presidente da Petrobras destacou que a proje��o de pre�o do petr�leo para o ano � de US$ 53 por barril. Ainda que nos �ltimos dias a cota��o tenha ca�do, n�o chega a prejudicar o resultado, pelo contr�rio. O atual patamar de negocia��o do Brent e do WTI ajuda a manter a meta de desinvestimento e n�o chega a preocupar o resultado financeiro do segundo semestre.
"O pre�o do petr�leo tem uma volatilidade enorme, n�o em resposta a eventos de oferta e demanda, mas por conta de eventos geopol�ticos, que s�o incontrol�veis. Na oferta e demanda, a gente tem uma certa estabilidade", disse Monteiro.
Ao ser questionado sobre a marca da sua gest�o no resultado da companhia, o presidente da Petrobras afirmou ainda que est� mantido o perfil de austeridade implementado j� na gest�o do seu antecessor, Pedro Parente. "N�o h� qualquer altera��o no plano de neg�cios, aprovado pelo conselho de administra��o da companhia. Vamos entregar os resultados prometidos", afirmou.
Em seguida, acrescentou que busca "disciplina na execu��o do plano de neg�cios".
Comperj
O presidente da Petrobras disse tamb�m que, ap�s reiniciar as obras no Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj) levar� entre 2,5 a 3 anos para concluir a obra. Segundo ele, ainda n�o h� uma estimativa do in�cio das obras, que dependem do final de uma due dilligence que est� em andamento para saber quais equipamentos poder�o ser aproveitados.
As obras do Comperj foram paralisadas em 2015 por causa das investiga��es da Opera��o Lava Jato. Deste ent�o, equipamentos que j� haviam sido adquiridos est�o se deteriorando.
Volume de vendas
A redu��o do volume de venda de derivados pela Petrobras foi centrada na gasolina, "por assimetria tribut�ria com o etanol", segundo o diretor de Refino e G�s Natural, Jorge Celestino, que participou de coletiva de imprensa para apresentar o resultado financeiro no segundo trimestre.
No primeiro semestre, o volume de vendas ficou em 1,72 milh�o de barris por dia, menor que em igual per�odo do ano anterior, de R$ 1,8 milh�o de bpd. O volume de vendas de gasolina, particularmente, caiu de 465 mil barris por dia para 408 mil bpd nesse intervalo.
Al�m da gasolina, o desempenho operacional do segmento de Refino e G�s Natural foi afetado pela retra��o do com�rcio de nafta petroqu�mica.
Ainda assim, o diretor da Petrobras afirmou que a empresa passa por "uma retomada consistente de market share de diesel e gasolina". Como consequ�ncia, o fator de utiliza��o das refinarias est� crescendo, disse Celestino, que destacou tamb�m que a estatal continua sendo exportadora l�quida de petr�leo e derivados.
Sobre o mercado de energia el�trica e de g�s, a avalia��o do executivo � de que o segmento passa por um momento de estabilidade. J� no segundo trimestre, a gera��o t�rmica aumentou e essa tend�ncia deve prosseguir ao longo do semestre.
Unidades de produ��o
A Petrobras vai colocar seis unidades em produ��o neste ano, segundo o diretor de Desenvolvimento da Produ��o e Tecnologia da empresa, Hugo Repsold. Ele destacou ainda que 93% dos po�os de 2018 j� est�o conclu�dos.
A empresa instalou a plataforma P-74 em B�zios e a FPSO Cidade de Campos dos Goytacazes, no campo de Tartaruga Verde. Al�m disso, v�o contribuir para o crescimento da produ��o a P-67, em Lula Norte; a P-75, em B�zios; a P-69, em Lula Extremo Sul e a P-76, em B�zios.
Para o quarto trimestre est� prevista a entrada em opera��o da FPSO Egina, com 200 mil barris por dia de capacidade instalada. E, em 2019, a P-68, no campo de Berbig�o, com capacidade de 150 mil bpd.
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ECONOMIA
Decis�o do STF tornou desinvestimento mais desafiador, diz Petrobras
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