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Estado de Minas ECONOMIA

Credores bloqueiam dinheiro de venda de terras de Olacyr de Moraes � AMaggi


postado em 14/08/2018 10:10

Credores do empres�rio Olacyr de Moraes, que morreu em junho de 2015, conseguiram bloquear na Justi�a boa parte do dinheiro da venda da Ciapar, que re�ne fazendas em Mato Grosso. As terras tinham sido negociadas com o grupo AMaggi, da fam�lia do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, apurou o �Estado�. O valor total da transa��o � de cerca de R$ 1,1 bilh�o. Filha do ex-rei da soja, Ana Cl�udia de Moraes, herdou os neg�cios agr�colas do pai - entre eles, a Usinas Itamarati, com d�vidas de cerca de R$ 3,2 bilh�es. O processo corre em segredo de Justi�a.

Na pr�tica, a decis�o n�o inviabiliza a venda das fazendas para AMaggi, o que preocupava tanto os acionistas quanto os compradores. Contudo, os recursos n�o ficar�o dispon�veis at� que uma decis�o final sobre o caso seja tomada. Ainda cabem recursos. A venda das fazendas � AMaggi foi conclu�da no fim do ano passado. Os credores bloquearam os valores para reaver uma d�vida de R$ 250 milh�es, em valores atualizados.

Segundo fontes a par do assunto, a venda das fazendas foi a grande aposta da herdeira para reduzir o endividamento de neg�cios problem�ticos da fam�lia - caso da Usinas Itamarati, de a��car e �lcool. A Ciapar re�ne propriedades de soja, milho e algod�o em Mato Grosso, totalizando 105 mil hectares.

Essas fazendas estavam arrendadas desde 2002 para a fam�lia Maggi, tradicionais produtores de gr�os do Centro-Oeste. As terras eram uma das principais fontes de recursos dos Moraes, pois os outros neg�cios do ex-rei da soja n�o tinham vingado. O empres�rio foi tamb�m dono de construtora (a Constran, vendida � UTC) e de um banco, chegando a ser considerado um dos homens mais ricos do mundo.

O processo que bloqueou os recursos da venda das fazendas foi movido pela Marne, que pertence a dois empres�rios italianos, Fiorenzo Sartor e Marco Basso. Eles usaram o argumento de "incidente de desconsidera��o de personalidade jur�dica". A d�vida que eles cobram � originalmente da GPart, holding constitu�da em 2006 para investir em neg�cios sucroalcooleiros. � �poca, a empresa adquiriu ativos no Mato Grosso do Sul que pertenciam a Sartor e Basso.

Heran�a

Ainda em vida, Olacyr de Moraes repassou seus bens agr�colas para a filha Ana Cl�udia. Ela herdou v�rios neg�cios, entre eles a Usinas Itamarati, que chegou a ser a maior do mundo, e a Ciapar, dona das terras vendidas � Amaggi. Os credores rastrearam as diversas empresas da herdeira para cobrar a d�vida.

Uma primeira decis�o da 2.� Vara de Fal�ncias e Recupera��es Judiciais de S�o Paulo determinou, em julho, que a "Agropecu�ria Maggi deposite em ju�zo, integralmente, o valor devido aos vendedores das a��es da Ciapar".

Ainda de acordo com essa primeira senten�a, os recursos dos acionistas da Ciapar, que incluem as empresas Baywalk e SCVSPE, foram bloqueados. Essas duas companhias pertencem ao advogado S�rgio Spinelli, ex-Mattos Filho e hoje � frente da Spinelli Advogados. Ele � s�cio de Ana Cl�udia de Moraes e chegou aportar recursos na empresa. O Estado apurou que, dias depois, a 2.� Vara excluiu a Baywalk e SCVSPE do bloqueio, por entender que essas empresas n�o t�m liga��o nenhuma com a Gpart.

Procurada, Ana Cl�udia informou, por meio de um interlocutor, que n�o ir� se pronunciar. Spinelli tamb�m n�o comentou. O escrit�rio Arruda Alvim & Thereza Alvim, que representa a Marne, n�o retornou os pedidos de entrevista. A AMaggi informou, em nota, que adquiriu a totalidade das a��es da Ciapar e disse n�o comentaria a quest�o do bloqueio de recursos. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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