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Estado de Minas ECONOMIA

Auditor trocou dados da Receita por viagem � Disney e porcelanato, diz PF


postado em 15/08/2018 14:34

A segunda fase da Opera��o Rosa dos Ventos aponta que o auditor fiscal da Receita Luiz Fernando Celani, preso temporariamente nesta quarta-feira, 15, � suspeito de receber, entre outras vantagens, at� uma viagem � Disney para sua fam�lia e um carregamento de piso de porcelanato do esquema suspeito de sonegar R$ 5 bilh�es de distribuidoras de combust�veis. O delegado federal Victor Hugo Rodrigues Alves Ferreira afirmou que o servidor foi cooptado pelo esquema, com o qual manteve liga��o durante anos.

"Foi cooptado no interesse da organiza��o criminosa e, durante anos, ele manteve essa liga��o com os investigados. As investiga��es comprovaram que pelo menos uma viagem foi paga para ele e ele recebeu um carregamento de piso de porcelanato para uma reforma que eles estavam fazendo", declarou Victor Hugo.

"Agora n�s vamos contar com a parceria da Corregedoria da Receita Federal para apurar todos os procedimentos fiscais que ele atuou e que possam ter rela��o com essas empresas. O que j� est� demonstrado � que ele prestava uma esp�cie de consultoria para a organiza��o criminosa no interesse dos investigados. Quando eles precisavam, tinha interesse no �mbito da Receita Federal, eles ou os advogados ligados � organiza��o, entravam em contato com esse servidor e passavam informa��es."

O delegado da PF afirmou que os valores sonegados foram, ao longo dos anos, "imobilizados". "Esse dinheiro foi alocado em aplica��es financeiras, parte foi encaminhado para outros pa�ses, parte foi usada para comprar im�veis, comprar aeronaves. Grande parte desse dinheiro a gente conseguiu bloquear (na primeira fase da Rosa dos Ventos)", relatou.

A Rosa dos Ventos foi �s ruas cumprir seis mandados de busca e apreens�o e cinco de pris�o nas cidades de Campinas e S�o Paulo. Todos os mandados foram expedidos pela Justi�a Federal de Campinas. Quatro foram cumpridos.

A nova etapa da opera��o teve in�cio com a an�lise do material apreendido na primeira fase, quando policiais federais encontraram ind�cios de que os investigados teriam um esquema envolvendo corrup��o de um agente p�blico, evas�o de divisas e lavagem de dinheiro, que inicialmente n�o haviam sido detectados.

"Da an�lise do material apreendido, n�s encontramos ind�cios de outros crimes, dentre os quais a coopta��o de um servidor p�blico federal no interesse da organiza��o criminosa. Encontramos novas empresas abertas em nome de laranjas e novas offshores abertas em para�sos fiscais. Essa fase da opera��o foca principalmente nessas offshores e na corrup��o de servidores p�blicos", disse o delegado.

Victor Hugo revelou que "h� pelo menos tr�s grandes l�deres" no esquema, agindo de maneira independente. Segundo o delegado, todos foram identificados. "No modelo de organiza��o criminosa que a gente verifica hoje em dia dificilmente tem uma estrutura piramidal. Existiam v�rios l�deres, mas cada um respons�vel pelo seu n�cleo. Eles mantinham contato entre si de acordo com seus interesses", disse.


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