A rede de fast-food americana Burger King, depois de abrir cerca de cem restaurantes por ano desde que o 3G assumiu o comando global da companhia, em 2011, pretende manter o ritmo em 2018, mas com um foco diferente. Ap�s aproveitar a onda de aberturas de shopping centers dos �ltimos anos para se estabelecer em centros comerciais, a estrat�gia agora � investir em duas frentes ainda pouco cobertas: a de grandes restaurantes de rua e a de quiosques de sobremesa.
Quando o 3G assumiu a companhia, a opera��o brasileira patinava havia anos, pois enfrentava dificuldade para montar um grupo de franqueados capaz de torn�-la relevante. Na �poca, eram 93 unidades. Hoje, a rede cresceu para um total de 717 restaurantes. O salto dos �ltimos sete anos se deu gra�as � decis�o de fazer a expans�o com unidades pr�prias. Isso s� foi poss�vel gra�as � capacidade de investimento dos acionistas da opera��o local, grupo que inclui ainda os fundos Vinci e Temasek. No fim de 2017, o Burger King arrecadou R$ 2,2 bilh�es em sua abertura de capital na Bolsa paulista, o que garantiu f�lego para a expans�o que est� por vir.
O salto dos �ltimos anos levou o Burger King � segunda posi��o consolidada no mercado de fast-food do Pa�s, de acordo com S�rgio Molinari, s�cio da consultoria Food Consulting. "A competi��o entre Burger King e McDonald�s passou a ser a grande disputa do mercado", diz o especialista.
No entanto, apesar de o Burger King ter passado a l�der em total de unidades pr�prias - s�o 593, contra 591 -, o dom�nio do McDonald�s no Pa�s ainda � bem mais forte. S�o 969 restaurantes e mais 1,1 quiosques de sobremesas, o que leva o total de pontos de venda a mais de 2 mil.
Novos segmentos
� justamente essa diferen�a em sobremesas e shakes - justamente os itens que oferecem a maior margem do setor de fast-food - que o Burger King come�ar� a endere�ar agora, diz Ariel Grunkraut, vice-presidente de marketing da rede. O Burger King tem hoje somente cerca de 200 quiosques em opera��o.
Outro investimento que a empresa est� fazendo � na plataforma para crian�as - um dos primeiros passos nesse sentido foi uma campanha de distribui��o de pel�cias em forma de emojis nas unidades. Grunkraut diz que o Burger King j� conseguiu avan�ar entre os jovens, mas ainda tem espa�o a ganhar nos "combos" infantis. "Somos mais fortes entre o p�blico jovem. Mas queremos mostrar que todo mundo � bem-vindo", diz.
Segundo o executivo, a expans�o do Burger King em lojas abertas h� mais de um ano est� acima de 10% desde o in�cio de 2016, resultado superior ao de sua principal concorrente. No entanto, Molinari, da Food Consulting, lembra que a compara��o n�o leva em conta que a opera��o do McDonald�s, que est� no Pa�s h� 40 anos, � mais madura - ou seja, as unidades partem de n�veis de receita mais fortes em anos anteriores.
Para o consultor, tanto Burger King quanto McDonald�s tiveram desempenho positivo durante a crise. A primeira, gra�as � capacidade de investimento, conseguiu ampliar sua presen�a em todo o Pa�s. J� a segunda protegeu sua posi��o de lideran�a apesar da chegada de um concorrente de peso. "Ambas perceberam que o ciclo de novidades, de promo��es e produtos, precisa ser mais r�pido do que antes. E ambas est�o estabelecidas, cada uma com sua identidade." As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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ECONOMIA
Em expans�o acelerada, Burger King investir� em lojas de rua e quiosques
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