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Estado de Minas ECONOMIA

Desemprego recorde desafia candidatos

A cada divulga��o de dados sobre trabalho no Pa�s, consolida-se a convic��o que o desemprego ser� um dos desafios mais urgentes a serem enfrentados


postado em 17/08/2018 11:00 / atualizado em 17/08/2018 12:12

(foto: Jair Amaral/EM)
(foto: Jair Amaral/EM)
No fim do ano passado, ainda sob a perspectiva de aprova��o da reforma da Previd�ncia e com proje��es de crescimento do PIB em 2018 que chegavam a superar os 3%, havia um certo otimismo em rela��o � queda do desemprego. Mas a realidade tem se mostrado bem diferente. A cada divulga��o de dados sobre trabalho no Pa�s, consolida-se a convic��o que o desemprego ser� um dos desafios mais urgentes a serem enfrentados por quem vencer a elei��o para a presid�ncia em outubro.

Dados anunciados na quinta-feira, 17, pelo IBGE mostram o tamanho desse desafio. No segundo trimestre, o n�mero de pessoas que est�o h� mais de dois anos procurando emprego chegou ao recorde de 3,162 milh�es. O total de desalentados, que s�o as pessoas que desistem de procurar emprego por acreditar que n�o v�o mais encontrar, tamb�m foi recorde: 4,833 milh�es. A taxa de desemprego do Pa�s, que estava em 11,8% em dezembro, fechou o segundo trimestre em 12,4% - s�o quase 13 milh�es de desocupados.

Ironicamente, a pr�pria disputa eleitoral � apontada como uma das causas da manuten��o da desocupa��o em n�veis t�o altos. Com um cen�rio totalmente incerto, empresas seguram investimentos e, consequentemente, a abertura de novas vagas. "Estamos num momento de elevada incerteza, sem saber quem � o candidato com mais chances, o que vai fazer, o que prop�e", diz Jos� Ronaldo de Castro Souza J�nior, do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea). "Isso obviamente segura a retomada."

Ao defender suas propostas para o combate ao desemprego, os candidatos � Presid�ncia convergem pelo menos na necessidade de o Pa�s retomar a estabilidade econ�mica para garantir a abertura de novas vagas de trabalho. Os programas de governo registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) trazem men��es ao equil�brio fiscal e falam ainda em aumentar investimentos em educa��o t�cnica para capacita��o de m�o de obra, al�m de destravar obras de infraestrutura, como medida emergencial para reduzir a taxa de desocupa��o entre os brasileiros.

A inten��o de investir infraestrutura aparece nos planos do PT (que registrou a candidatura do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato), da Rede (de Marina Silva) e do MDB (cujo candidato � o ex-ministro Henrique Meirelles).

Os programas tamb�m citam a capacita��o de m�o de obra. Alvaro Dias, do Podemos, promete aliar desenvolvimento tecnol�gico e de educa��o como forma de encarar o desemprego. Geraldo Alckmin, do PSDB, prop�e investir na qualifica��o t�cnica de jovens e parcerias com universidades; e Ciro Gomes, do PDT, v� necessidade de atuar na prepara��o dos desempregados.

Ciro tamb�m fala em alcan�ar o equil�brio fiscal j� nos primeiros dois anos de governo, caso seja eleito em outubro, enquanto Jair Bolsonaro (PSL) aposta na ado��o completa de um "liberalismo econ�mico" para equilibrar as contas p�blicas. J� Alckmin fala em abrir a economia para fazer o com�rcio exterior representar 50% do PIB do Pa�s. Estreante na pol�tica, o candidato do Novo, Jo�o Amo�do, sai em defesa do livre-com�rcio e da simplifica��o dos impostos para empreendedores.

Candidato do PSOL, Guilherme Boulos prop�e revogar integralmente a reforma das leis trabalhistas, em vigor desde 2017, fala em uma pol�tica de valoriza��o de sal�rio m�nimo e promete fortalecer a organiza��o sindical no Pa�s.

Para o pesquisador de Economia Aplicada da Funda��o Get�lio Vargas Fernando de Holanda Barbosa, os ajustes fiscais s�o o principal caminho para abordar o problema do desemprego. "O Brasil precisa mostrar um ambiente est�vel e que o descompasso fiscal tem alguma solu��o em vista. Se a economia n�o cresce, � dif�cil solucionar o problema do desemprego. Para isso, � necess�rio tomar uma s�rie de medidas e fazer reformas", disse ele.

Gasto p�blico

Barbosa critica as propostas "emergenciais" que consideram como ponto de partida o aumento de gasto p�blico. "A solu��o n�o � tentar criar emprego a f�rceps gastando dinheiro. Esse tipo de medida dura temporariamente, mas resolve s� o curto prazo."

Professor da Universidade de S�o Paulo Ruy Braga, especialista em sociologia do trabalho, afirma que o desemprego precisa ser atacado por v�rios "�ngulos", al�m do vi�s econ�mico. "Temos de ter pol�ticas para cria��o de novos empregos, mas tamb�m para absorver os milh�es de trabalhadores que est�o no subemprego. A quest�o � prioridade para as fam�lias."


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