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Estado de Minas ECONOMIA

Uso de pontos prestes a expirar exige estrat�gia de clientes


postado em 20/08/2018 07:46

Nem sempre � f�cil se desfazer de milhas prestes a expirar - s� em 2017, quase 34 bilh�es de pontos foram perdidos. Pelo contr�rio: essa tarefa pode se transformar em uma verdadeira saga. Transferir as milhas para outra pessoa, vender em sites, resgatar produtos quaisquer para n�o perd�-las ou esperar expirar para depois reativ�-las? A resposta pode variar, mas h� um denominador comum: n�o h� como escapar de muita pesquisa.

O advogado David Telles, de 38 anos, j� exauriu todas as possibilidades na busca pela mais vantajosa. Usu�rio ass�duo de programas de recompensa, ele se tornou uma esp�cie de "ca�ador" de boas oportunidades. De Bras�lia, onde mora, j� foi com milhas a S�o Paulo, Porto Alegre, Fortaleza e at� para Orlando. "S� este m�s, vou fazer duas viagens com milhas", conta.

Telles, que acumula de 7 a 10 mil pontos por m�s, � categ�rico ao afirmar que transferir os pontos para outra pessoa em um mesmo programa de milhas �, para ele, a pior op��o. "Se eu transferir 10 mil milhas, por exemplo, pago perto de R$ 600, R$ 700 - n�o vale a pena", diz.

Ronald Domingues, diretor financeiro da Multiplus, explica que a transfer�ncia dentro dos programas � cara porque, quando as milhas trocam de dono, estende-se o prazo de expira��o. "Quando algu�m transfere os pontos na Multiplus, por exemplo, renova a sua validade por mais dois anos", diz. Ele afirma que a empresa avalia poss�veis melhorias nessa �rea.

A op��o preferida de Telles pode parecer um contrassenso: deixar os pontos expirarem - para ent�o reativ�-los. Para renovar milhas expiradas, o usu�rio paga um valor - que tamb�m n�o � barato, mas pode compensar em a��es promocionais. "Espero uma promo��o que me d� 100% de b�nus", diz. Por exemplo: voc� paga para reativar 10 mil e fica com um total de 20 mil. "A� vale a pena, pois cada milha sai pela metade do valor."

Outra op��o para quem faz parte de algum clube de milhas � fazer uma conta para a fam�lia, que permite somar a pontua��o de mais usu�rios. "Estou fazendo uma para juntar os pontos da minha m�e e da minha esposa", diz Telles. Mas, o mais importante, afirma, � buscar oportunidades com frequ�ncia. "J� fui a S�o Paulo por 3 mil pontos. O neg�cio � olhar sempre e ter paci�ncia."

Compra e venda

Al�m dos programas tradicionais, h� uma esp�cie de "mercado secund�rio" que tem crescido - plataformas nas quais se pode vender milhas ou comprar passagens mais baratas. O lote m�nimo costuma ser de 10 mil milhas - que vale, em m�dia, de R$ 200 a R$ 300.

As empresas desse setor compram milhas vendidas pelos usu�rios e usam o estoque acumulado para emitir passagens, cobrando uma taxa. Na MaxMilhas, por exemplo, a comiss�o vai de 12% a 30%, a depender de fatores, como a companhia a�rea.
"Antes, s� juntava milha quem queria viajar. Agora, com a possibilidade de um ganho, mais pessoas passam a acumular", diz Max Oliveira, fundador da plataforma. Ele afirma que, curiosamente, s� 6% dos vendedores do site negociam pontos prestes a expirar. "A maioria acumula j� pensando em vender." O site tem 1,3 milh�o de cadastrados.

Os programas de fidelidade reconhecem essas plataformas como um novo player no mercado. "A nossa ressalva � quanto aos dados, porque nem todos os sites s�o seguros e o usu�rio tem de compartilhar suas informa��es", diz Leonel Andrade, presidente da Smiles. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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