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Estado de Minas ECONOMIA

'Todos, incluindo os empres�rios, ter�o de abrir m�o de direitos'


postado em 27/08/2018 08:22

Para Walter Schalka, presidente da Suzano, votar nulo ou branco � inaceit�vel e, se n�o h� candidato bom, � preciso escolher o "menos pior". Ele n�o abre seu voto. Prefere falar sobre uma agenda para o Pa�s que envolva reformas, equil�brio fiscal e foco em investimentos em �reas como educa��o. Essa � a ideia do movimento "Voc� Muda o Brasil", capitaneado por ele e um grupo de empres�rios e executivos como Luiza Helena Trajano (Magazine Luiza), Jefferson De Paula (ArcelorMittal) e Paulo Kakinoff (Gol), e que realiza hoje em S�o Paulo um evento para debater os rumos do Pa�s.

Na vis�o de Schalka, mudar o Brasil passa por cortar privil�gios ao empresariado, com a redu��o dr�stica de isen��es fiscais. "Todos querem transformar o Brasil num lugar melhor, desde que seu quinh�o seja mantido. A conta n�o fecha. As pessoas v�o ter de abrir m�o de direitos, principalmente as classes mais altas."

O que esperam alcan�ar?

Na vis�o do "Voc� muda o Brasil", n�o existe engajamento adequado das pessoas em a��es pragm�ticas para transformar o Pa�s. Os brasileiros est�o inconformados, mas viraram espectadores. Nos isentamos da participa��o porque t�nhamos outros afazeres ou ach�vamos que n�o era responsabilidade nossa. O Estado foi perdendo efici�ncia, o n�vel do servi�o � abaixo do esperado. A �nica forma de transformar o Pa�s � investir em quest�es fundamentais, como �tica e educa��o. A ideia � criar um movimento para engajarmos a sociedade e sermos protagonistas nesse processo. Nosso movimento � absolutamente apartid�rio. N�o tem rela��o com partido ou com candidatos.

Mas est� sendo lan�ado em plena corrida eleitoral.

� de prop�sito. A elei��o � oportunidade fundamental para as pessoas escolherem o que querem do Brasil. N�o pode chegar no dia da elei��o e votar nulo ou branco porque "nada que est� l� me representa". Temos de escolher os melhores. Se n�o houver quem seja bom, votar no menos pior.

Ao defender reformas, voc�s n�o direcionam o debate para determinado espectro pol�tico?

Cada um de n�s (empres�rios que capitaneiam o movimento) tem prefer�ncias pol�ticas. S�o vis�es semelhantes, mas com alternativas pol�ticas diferentes. Estamos falando de pensar no Pa�s como um todo. N�o � uma agenda pr�-neg�cios, � uma agenda pr�-Brasil. Queremos atacar quest�es fundamentais. Uma delas � o tamanho do Estado e o equil�brio fiscal. Outra a quest�o da educa��o e da distribui��o de renda. Todo mundo quer transformar o Brasil num lugar melhor, desde que seu quinh�o seja mantido. Essa conta n�o fecha. As pessoas ter�o de abrir m�o de direitos, principalmente as classes mais altas.

Qual a parte dos empres�rios?

Falando como Walter Schalka e n�o como movimento: temos de reduzir brutalmente os subs�dios fiscais para empres�rios, que chegam a R$ 300 bilh�es por ano. Outro dia vi discuss�o sobre subs�dio para a ind�stria de refrigerante. Qual o benef�cio que isso traz para a sociedade? H� um monte e penduricalho na legisla��o, protegendo um monte de gente, e o empresariado tamb�m quer a prote��o dele. Isso tem de ser eliminado. Tivemos um passado patrimonialista e precisamos acabar com isso, gerar um Brasil mais competitivo, expor as empresas � competi��o. Podemos falar tamb�m disso do lado sindical e diversos lugares onde o corporativismo est� instalado. Qual outro Pa�s tem tabela de frete?

Empres�rios, como Salim Mattar, da Localiza, e Sebasti�o Bomfim, da Centauro, declararam voto. O sr. v� como positivo?

Louvo os que t�m a coragem e a determina��o de manifestar seu voto publicamente. Estava inclinado a declarar o meu, mas, al�m de minha responsabilidade como cidad�o, tenho a minha como executivo. N�o sou acionista. Falar que o candidato tal � melhor pode afetar a condu��o dos neg�cios. Por isso, optei por, neste momento, n�o abrir meu voto.

O sr. mant�m a vis�o de que a retomada dos investimentos vir� ap�s a elei��o?

Essa vis�o infelizmente est� em xeque, porque estamos indo para um processo de polariza��o no processo eleitoral, que � inibidor do investimento. Enquanto n�o tivermos um processo de aglutina��o de ideias, obviamente com ideologias um pouco diferentes, isso vai gerar percep��o de que � melhor postergar o investimento. E a volta do crescimento s� vai acontecer com investimento. Isso de n�s contra eles � muito ruim. Temos de buscar as melhores ideias. Espero que isso seja revertido at� a elei��o. Se qualquer um dos lados da polariza��o ganhar, ser� muito ruim para o Brasil.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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