A Petrobras est� conversando com estaleiros brasileiros para poss�veis contratos de manuten��es dos seus navios em 2019, quando pretende fazer pelo menos 17 docagens (manuten��es), informou o gerente executivo de Log�stica da Petrobras, Claudio Mastella. Pr�tica comum a qualquer petroleira, as docagens podem evitar que alguns estaleiros brasileiros fechem enquanto n�o recebem novas encomendas, afirmou Mastella.
"A Transpetro est� conversando mais com os estaleiros, at� para viabilizar a continua��o das opera��es deles, v�o ser 17 docagens no ano que vem", disse Mastella ap�s participar de evento do setor naval.
Ele ressaltou que as manuten��es s�o peri�dicas e obrigat�rias em todos os navios, e frequentemente a Petrobras utiliza estaleiros brasileiros e no exterior. A escolha, disse, vai depender da "efici�ncia e competitividade".
Segundo o executivo, o neg�cio pode atingir alguns milh�es de d�lares, o que ajudaria os estaleiros brasileiros a manterem empregos at� que novas encomendas de navios sejam feitas. Enquanto espera novos projetos do setor do petr�leo para poss�veis encomendas de navios de apoio, a ind�stria naval tenta tamb�m destravar a constru��o de navios de cabotagem e de graneleiros no Pa�s.
A ind�stria naval brasileira voltou a viver seu auge no in�cio dos anos 2000, com o est�mulo das encomendas de plataformas pela Petrobras, mas voltou a se retrair ap�s a Opera��o Lava Jato. A retomada do setor gerou 82 mil empregos diretos at� 2014, reduzidos agora a cerca de 25 mil, segundo o Sindicato Nacional da Ind�stria da Constru��o e Repara��o Naval e Offshore (Sinaval). Dos 28 estaleiros filiados ao sindicato, 12 est�o parados.
De acordo com o presidente do Sinaval, Ariovaldo Rocha, se novas encomendas n�o forem feitas, todos os estaleiros fechar�o as portas at� 2020, como ocorreu na d�cada de 1980. Ele cobrou uma pol�tica de Estado para estimular o setor, para que a continuidade da ind�stria independa do pr�ximo presidente eleito. "Estamos investindo e morrendo, jogando milh�es em treinamento e qualifica��o no lixo", disse no mesmo evento.
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