O Banco do Nordeste (BNB) vai expandir sua linha de financiamento para sistemas de mini e micro gera��o de energia. A partir de setembro, o banco vai passar a oferecer tamb�m a pessoas f�sicas cr�dito para a instala��o de projetos em resid�ncias. At� agora, o FNE Sol era voltado exclusivamente para o financiamento de componentes de gera��o centralizada ou mini e microgera��o para pessoas jur�dicas, inclusive produtores rurais.
"A expectativa de gera��o de neg�cios � grande", disse o superintendente de neg�cios de varejo e agroneg�cio do BNB, Luiz S�rgio Machado, sem revelar uma proje��o de desembolsos na linha. O BNB j� financiou mais de R$ 3,9 bilh�es para gera��o centralizada por meio da FNE Sol, dos quais apenas R$ 75 milh�es foram destinados a projetos de micro e mini gera��o. "Tem muito espa�o para crescer, em especial tendo em vista que o valor da parcela de financiamento deve ficar muito pr�ximo do custo de energia", comentou Machado, em entrevista ao Broadcast.
Pela linha, pessoas f�sicas poder�o financiar at� 100% do investimento, com limite de at� R$ 100 mil e prazo de pagamento de 8 anos. A taxa de juros varia entre 1,3% at� 3% + IPCA, a depender do n�vel de renda. "Na m�dia, a taxa fica da ordem de 6% ao ano, o que, considerando uma infla��o de 4,5%, d� uma taxa real de 1,5%", destacou o superintendente, lembrando que a linha utiliza cr�ditos subsidiados do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), por isso as taxas s�o mais baixas que as ofertadas por outras institui��es.
Machado salientou que o banco disp�e de recursos para fazer frente � demanda. "O banco tem reservado R$ 14,5 bilh�es para infraestrutura", disse, em uma refer�ncia ao fato de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) divulgou h� alguns meses a abertura de uma linha de cr�dito para pessoas f�sicas investirem em energia solar, mas pouco mais de um m�s depois suspendeu a linha da falta de recursos diante da alta procura.
O an�ncio de expans�o da linha foi feito durante a Intersolar South America, que se realiza nesta semana em S�o Paulo. A institui��o n�o � a �nica que aproveitou o evento para anunciar mudan�as em suas linhas de cr�dito. Na manh� de hoje, o Santander Brasil tamb�m anunciou uma nova oferta de cr�dito para a compra de equipamentos para gera��o el�trica solar, com novas linhas para clientes pessoa f�sica e jur�dica, al�m de produtores rurais. O banco reduziu as taxas de juros para os sistemas fotovoltaicos para a partir de 0,99% ao m�s, abaixo do juro praticado anteriormente, a partir de 1,69% ao m�s, e prev� realizar financiamentos de R$ 200 milh�es nos pr�ximos 12 meses e somar R$ 1,8 bilh�o em desembolsos at� 2021.
O movimento das institui��es banc�rias ocorre num momento de forte expans�o da gera��o solar e particularmente da chamada gera��o distribu�da (GD). A Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) prev� um crescimento exponencial do segmento, das atuais 57 mil instala��es para 276 mil at� 2021. E muitas das instala��es feitas at� agora passaram �s margens do setor banc�rio. Segundo o Santander, apenas cerca de 25% dos investimentos realizados em GD foram por meio de financiamento banc�rio. Outros 25% foram financiados diretamente pela empresa integradora, que executa o projeto, e os 50% foram feitos com pagamento � vista.
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