Controladora da rede Bob�s, a Brazil Fast Food Corporation (BFFC) pretende investir, com aux�lio de seus franqueados, cerca de R$ 1 bilh�o nos pr�ximos cinco anos no Brasil para expandir e modernizar lojas de sua principal marca. O aporte segue o movimento de expans�o de seus principais concorrentes, McDonald�s e Burger King.
O objetivo do Bob�s � chegar a 1.650 pontos de venda em 2023, entre lojas e quiosques, cerca de 50% a mais do que hoje, informou o presidente da holding, Ricardo Bomeny. Al�m da expans�o do total de lojas, o executivo quer levar para toda rede o novo conceito de atendimento do Bob�s, marcado pelas telas de autoatendimento. Novos produtos e programas de fidelidade, como o Bob�s F�, que tem 5,5 milh�es de usu�rios cadastrados, s�o outros trunfos da rede, aberta no Rio de Janeiro h� 60 anos, e de capital 100% nacional.
Em 2018, a companhia investir� R$ 150 milh�es para modernizar 60% de suas lojas e abrir mais 75 pontos de venda. O Bob�s tem hoje mais de mil lojas pelo Pa�s, entre restaurantes e quiosques - a maioria � operada no sistema de franquia. "Mudamos a marca, o logotipo, toda a parte de design de neg�cio. Transformamos tamb�m a cozinha, para ser mais robusta e �gil", explica Bomeny, lembrando que as mudan�as foram iniciadas em 2014.
Uma das inova��es que a empresa trouxe nos �ltimos anos foram os totens de atendimento eletr�nico e a instala��o de m�quinas nas quais os pr�prios clientes se servem de refrigerantes. De acordo com Bomeny, a moderniza��o das lojas surtiu efeito: o faturamento das unidades que operam dentro do novo conceito subiu 15% em rela��o �s mais antigas.
Al�m do Bob�s, a BFFC tamb�m � dona da rede Yoggi e comanda as franquias da Pizza Hut e da KFC no Pa�s. H� 22 anos no comando da companhia, Bomeny diz que, mesmo nos piores anos da recess�o - 2016 e 2017 -, a empresa n�o deixou de crescer. "Em todos os anos tivemos crescimento, ainda que a taxas um pouco menores do que se experimentou de 2011 a 2013", diz. "E 2018, mesmo que n�o seja um ano incr�vel, tamb�m n�o vai regredir."
Expans�o. O setor de alimenta��o fora de casa, no qual est� inclu�do o fast-food, registrou crescimento m�dio real de 8% ao ano entre 1994 e 2014, diz S�rgio Molinari, fundador da consultoria Food Consulting. A partir de 2015, o segmento come�ou a andar para tr�s, acompanhando o movimento de retra��o da renda do brasileiro.
Para o especialista, apesar de a crise ainda estar em curso, a tend�ncia � de melhora na economia ap�s as elei��es. "Estamos com um p� na estagna��o e outro na recupera��o. Na hora em que clarear, o que vai ocorrer depois das elei��es, a vida volta ao normal", prev�.
Molinari lembra que o Bob�s n�o est� sozinho ao investir no Brasil. O Burger King deve abrir cerca de cem novas lojas este ano, de carona nos recursos que levantou em sua abertura de capital, que movimentou R$ 2,2 bilh�es no fim de 2017. O McDonald�s, por seu turno, anunciou R$ 1 bilh�o para o Pa�s no in�cio deste ano.
Segundo Fabio Bentes, economista da Confedera��o Nacional do Com�rcio (CNC), a alimenta��o fora de casa dever� continuar a ganhar espa�o no Pa�s. Atualmente, a alimenta��o fora de casa representa 9% do or�amento familiar, enquanto a comida em domic�lio consome 15%. Ele acredita que esses porcentuais caminhem para a equival�ncia.
"As cidades est�o ficando maiores, e a tecnologia na realidade tende a avan�ar mais na alimenta��o do que na compra de alimentos", explica Bentes. "H� muito mais aplicativo de delivery do que de aplicativos para compra de alimentos para serem preparados em domicilio." As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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ECONOMIA
Para enfrentar rivais estrangeiras, dona do Bob�s prev� investir R$ 1 bi at� 2023
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