(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Seguradoras de ve�culos driblam crise da economia e conquistam mais clientes

Receita do segmento superou R$ 38 bilh�es em 2017. Aumento da concorr�ncia e barateamento de custos para os clientes contribuem para o avan�o do setor


postado em 02/09/2018 06:00 / atualizado em 02/09/2018 09:28

Aumento da frota e dos furtos no país elevaram as apólices, que pagaram R$ 21,4 bi em indenizações e benefícios(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press %u2013 8/4/18)
Aumento da frota e dos furtos no pa�s elevaram as ap�lices, que pagaram R$ 21,4 bi em indeniza��es e benef�cios (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press %u2013 8/4/18)

S�o Paulo – Nos �ltimos anos, ter um seguro de autom�vel se tornou quase um item de primeira necessidade nas grandes cidades brasileiras. Al�m do aumento generalizado de roubos e furtos, a expans�o da frota de ve�culos mais novos – e, obviamente, mais caros – levou muitas pessoas a dar maior aten��o � necessidade de proteger o patrim�nio de eventuais preju�zos. N�o por acaso, o mercado de seguros no Brasil cresceu 7,5% no primeiro semestre deste ano, na compara��o com o mesmo per�odo de 2017, segundo a Federa��o Nacional de Seguros Gerais (FenSeg). Ao longo de 2017, a receita da ind�stria brasileira dos seguros superou a casa de R$ 38 bilh�es.


O presidente da entidade, Eduardo Dal Ri, atribui o avan�o do setor a fatores como o aumento da concorr�ncia e o barateamento dos custos para os clientes. “O mercado segurador vive um momento de recupera��o e de otimismo, motivado pela confian�a no reaquecimento gradual da economia”, afirma o executivo, que tamb�m � vice-presidente das divis�es de Autom�vel e Massificados da SulAm�rica Seguros. “Essa confian�a � ainda mais n�tida no segmento de autom�veis. No ano passado, as ap�lices de autom�veis geraram R$ 21,4 bilh�es em pagamento de indeniza��es e benef�cios.”


Um fator que tamb�m impulsiona o mercado brasileiro de seguro de autom�veis � a forte recupera��o da ind�stria automobil�stica, que neste ano est� crescendo, m�s ap�s m�s, a um ritmo de 20% em rela��o �s vendas de 2017. Al�m disso, mesmo com a recess�o nos �ltimos anos, o Brasil mant�m um papel de destaque no mercado automobil�stico internacional, ficando em nono lugar no ranking dos maiores fabricantes de ve�culos, com mais de 2 milh�es de unidades por ano.


“N�o � de hoje que o Brasil � um dos mercados mais cobi�ados pelas seguradoras do mundo todo, tanto pelo potencial de crescimento para os pr�ximos anos quanto pelas possibilidades de diversifica��o”, disse o CEO da seguradora italiana Generali, Antonio Cassio dos Santos, respons�vel pelas Am�ricas e mercados do Sul da Europa, que abrange Gr�cia, Portugal e Turquia.

DIVERSIFICA��O
No embalo do crescimento do setor surgem as chamadas insurtechs, que s�o resultado da jun��o das palavras insurance (seguro) e technology (tecnologia). Assim como as fintechs, as agtechs e tantas outras startups do tipo, essas empresas surgiram com o prop�sito de revolucionar o setor. � o caso de companhias como Tex, Iq Seguro Auto, Bidu, Youse, Minuto Seguros e ThinkSeg. As insurtechs “falam” a mesma l�ngua dos consumidores e suprem as suas novas exig�ncias. A principal promessa dessas startups � que, com mais agilidade e menos burocracia, sejam garantidas as entregas de propostas de um bom seguro de autom�vel.


Al�m das insurtechs, o setor vive uma disputa acirrada entre as empresas de monitoramento e rastreamento. O custo para a compra do equipamento pode variar entre R$ 750 e R$ 1 mil, com mensalidades a partir de R$ 69. Esse segmento, que pode incluir coberturas avulsas, como furto e colis�o por perda total, tem atra�do principalmente propriet�rios de ve�culos mais antigos e motoristas de aplicativos, como Uber e 99.


“Hoje, oferecemos um produto diferente, com rastreamento e seguro, algo com que outras empresas n�o trabalham”, afirma o israelense Amit Louzon, presidente da Ituran. “Motoristas de aplicativos n�o t�m muitas oportunidades com as seguradoras, em raz�o da maior exposi��o a riscos.”

Pre�o final

O mercado de seguros vive, no entanto, realidades distintas no pa�s – e ainda � algo caro para boa parte da popula��o. Levantamento realizado pela Tex Tecnologia, plataforma de c�lculo para corretoras de seguros, mostra que o brasileiro paga anualmente, em m�dia, R$ 3.587 por um seguro de autom�vel. Considerando que a renda m�dia n�o chega a R$ 1,2 mil, � f�cil entender por que apenas 20% dos autom�veis da frota circulante est�o protegidos.


A depender do estado, o seguro pode custar at� tr�s vezes mais. Roraima � o local que, a julgar pelo pre�o cobrado, mais preocupa as empresas do setor. L�, o valor m�dio anual das ap�lices � de R$ 8.720. “O valor do seguro, seja qual for ele, � diretamente proporcional ao risco de perdas das seguradoras”, afirma o economista Carlo Meneghetti, especialista em an�lise de riscos e seguros. “Estados que fazem fronteiras com outros pa�ses, como � o caso de Roraima, costumam ter custos maiores pela facilidade de tirar o ve�culo do alcance das autoridades brasileiras”, acrescenta.


No outro extremo, o estado com seguro mais barato � Santa Catarina, com m�dia de R$ 2.932. Ainda segundo a Tex, o caos na seguran�a p�blica do Rio de Janeiro, apesar da interven��o do Ex�rcito, elevou em 28% os custos dos seguros neste ano, com m�dia de R$ 4.187 ao ano, mais do que a m�dia paga pelos paulistas: R$ 3.273.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)