As grandes redes de varejo farmac�utico cresceram 7,54% o seu faturamento no primeiro semestre de 2018, resultado que, embora seja de alta, significa alguma frustra��o para o setor. "Esper�vamos que j� estivesse melhor", comenta Sergio Mena Barreto, presidente executivo da Associa��o Brasileira de Redes de Farm�cias e Drogarias (Abrafarma).
O resultado dos primeiros seis meses do ano foi uma receita de R$ 22,78 bilh�es. Diferente da tend�ncia que vinha se mantendo nos �ltimos anos, as vendas deixaram de ser puxadas pelos segmentos de itens de beleza e higiene. A categoria chamada de "n�o-medicamentos" cresceu abaixo da m�dia, com alta nas vendas de 6,37%.
Para Barreto, o setor sente o impacto de uma crise de confian�a dos brasileiros. "A elei��o est� incerta, o brasileiro ainda demonstra medo de consumir", conclui.
Apesar de considerar o desempenho at� aqui mais fraco do que o esperado, a Abrafarma ainda acredita que o crescimento nas vendas em 2018 deve ficar em torno de 8% a 9%. No ano passado, as vendas cresceram 8,96%.
As grandes redes de farm�cia representam cerca de 45% do total do mercado farmac�utico brasileiro, conforme dados da IQVIA. Nos �ltimos anos, essa fatia vem crescendo, com as redes abrindo mais lojas e tomando mercado de farm�cias independentes, as quais representam 30% do faturamento do setor.
Para 2018, Barreto considera que o ritmo de expans�o segue forte. Nos �ltimos doze meses encerrados em junho, foram inauguradas pouco mais de 600 pontos de venda, compar�veis a uma abertura de cerca de 630 lojas um ano antes. Barreto n�o v� desacelera��o. "N�o foram cancelados investimentos", diz o executivo. "A expans�o tem se mantido;"
O setor tem apostado ainda na oferta de servi�os de sa�de como exames para controle de diabetes, hipertens�o e colesterol, al�m de fornecimento de vacinas.
Segundo a Abrafarma, hoje s�o 1,6 mil os postos de atendimento desse tipo em farm�cias, quase o triplo do que existia h� um ano. A expectativa � chegar a 2 mil espa�os do g�nero at� o final do ano.
Esse tipo de servi�o foi permitido com a edi��o de uma lei em 2014, mas ainda h� discuss�es do setor com o �rg�o regulador, a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), que � a respons�vel por regulamentar os procedimentos. Isso n�o tem impedido, no entanto, que redes j� apostem nesse servi�o de assist�ncia.
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