Como formadora de pre�o, a Petrobras n�o tem motivo para fazer hegde no mercado interno, porque n�o tem do que se defender, analisou a pesquisadora da Funda��o Get�lio Vargas Energia, Fernanda Delgado, que viu na decis�o anunciada nesta quinta-feira, 6, pela estatal, de segurar o pre�o da gasolina por at� 15 dias para reduzir a volatilidade, um sinal perigoso para a competitividade do mercado.
"N�o faz sentido uma empresa monopolista fazer hedge. Quando voc� controla pre�o, seja do jeito que for, voc� n�o traz competitividade para o mercado. Isso desconstr�i a confian�a dos investidores, porque a qualquer problema o governo vem e interfere", avaliou Delgado.
A Petrobras vem praticando desde julho do ano passado o ajuste de pre�os de acordo com o mercado internacional, com varia��es quase di�rias, dando fim a uma pol�tica que n�o repassava a volatilidade dos pre�os para o mercado interno, mas que trouxe preju�zo para a empresa. Por causa da greve dos caminhoneiros, a estatal reduziu e depois congelou os pre�os do diesel em troca de subs�dio do governo. At� hoje o governo n�o reembolsou a estatal, alegando demora na an�lise no grande volume de notas fiscais.
A pesquisadora da FGV Energia destaca que o mercado de combust�veis s� conseguir� reduzir os pre�os quando houver competitividade no refino do petr�leo, o que est� sendo desconstru�do com medidas como a tomada pela Petrobras. "Ningu�m senta para reavaliar os tributos dos combust�veis, ou recriar a Cide (Contribui��o de Interven��o no Dom�nio Econ�mico) para n�o desconstruir o mercado que estava sendo constru�do para atrair novos agentes para o refino", avaliou.
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