O trabalho dom�stico manteve a tend�ncia de aumento no Pa�s atrav�s da informalidade. No trimestre encerrado em agosto de 2018, havia 191 mil trabalhadores dom�sticos a mais do que no mesmo per�odo de 2017: 19 mil deles foram contratados com carteira assinada, enquanto outros 172 mil passaram a trabalhar sem o v�nculo formal. Os dados s�o da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios Cont�nua (Pnad Cont�nua), divulgados nesta sexta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
Para Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, o crescimento do trabalho dom�stico � um "efeito colateral de crise econ�mica". Embora o total de trabalhadores dom�sticos na ativa tenha aumentado, o rendimento pago a esses profissionais encolheu 0,7% no per�odo de um ano.
"Aumenta o trabalho dom�stico, mas reduz o sal�rio dessas pessoas. A gente sabe que aumenta o n�mero de pessoas em busca desse tipo de trabalho por causa de sobreviv�ncia. Em momentos de menor ociosidade da economia esse grupamento tende a reduzir, principalmente por causa de outras oportunidades, especialmente entre as empregadas dom�sticas mais novas e com instru��o melhor, elas tendem a ir para outras atividades. (O trabalho dom�stico) � para contornar a crise e a falta de oportunidades que o mercado se encontra hoje", justificou Azeredo.
O Brasil tem atualmente 6,302 milh�es de trabalhadores dom�sticos, sendo 4,452 milh�es deles sem carteira assinada. A perda do v�nculo formal se reflete no poder aquisitivo desses trabalhadores: um empregado dom�stico com carteira assinada recebe, em m�dia, R$ 1.220 mensais, contra apenas R$ 719 recebidos pelos trabalhadores dom�sticos sem carteira.
Em um ano, o n�mero de trabalhadores atuando por conta pr�pria com CNPJ aumentou em 334 mil pessoas. Outros 103 mil indiv�duos passaram a trabalhar por conta pr�pria sem CNPJ no trimestre encerrado em agosto, em rela��o ao mesmo per�odo de 2017. Um trabalhador por conta pr�pria com CNPJ ganha, em m�dia, R$ 3.093, contra R$ 1.270 dos que est�o na mesma condi��o sem CNPJ. Em todo o Pa�s, h� 18,749 milh�es de trabalhadores por conta pr�pria sem CNPJ e apenas 4,534 milh�es com CNPJ.
No setor p�blico, foram geradas 257 mil vagas em um ano, sendo 31 mil com carteira assinada, 69 mil sem carteira e 157 mil como militar e funcion�rio p�blico estatut�rio.
Em rela��o ao trimestre encerrado em maio deste ano, foram criadas 233 mil vagas no setor p�blico no trimestre terminado em agosto: 148 mil delas sem carteira e 62 mil com carteira.
No setor p�blico, um funcion�rio sem carteira ganha, em m�dia, R$ 1.772 contra R$ 3.868 dos que possuem carteira assinada.
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