Golpe com cr�ditos 'podres' deram preju�zo de mais de R$ 8 bi � Receita

A Receita Federal estima perda de mais de R$ 8 bilh�es com quadrilhas que d�o golpe em contribuintes simulando quita��o de tributos federais com cr�ditos inexistentes desde 2012. Nesta sexta-feira, o �rg�o deflagrou uma opera��o com a Pol�cia Federal e o Minist�rio P�blico Federal que desarticulou uma organiza��o criminosa especializada nesse tipo de golpe. Somente essa quadrilha cometeu fraudes que envolveram 3 mil contribuintes, com preju�zo de R$ 5 bilh�es.

Os golpes aplicados pela quadrilha investigada na opera��o de hoje, chamada de Fake Money, eram contra pessoas jur�dicas de maior porte. No fim do ano passado, a Receita j� havia identificado mais de 100 mil empresas do Simples que foram alvo de golpe semelhante, com preju�zo de mais de R$ 3 bilh�es. "Temos uma organiza��o criminosa que atua quase como uma rede de franquias de venda de cr�ditos podres", afirmou o coordenador-geral de Fiscaliza��o, Flavio Vilela Campos.

De acordo com a Receita, os criminosos procuravam empresas dizendo ter cr�dito junto ao Fisco e vendiam o cr�dito, na realidade inexistente, com um des�gio. Eles informavam ao contribuinte que o cr�dito poderia ser utilizado para abater no pagamento de impostos federais e alteravam as declara��es dos contribuintes de forma irregular, reduzindo o imposto a pagar.

A princ�pio, enquanto as declara��es n�o haviam sido processadas, o contribuinte percebia ter menos impostos a pagar. No entanto, assim que a declara��o era analisada pela Receita, a altera��o irregular era descoberta e o contribuinte ficava com uma d�vida junto ao Fisco.

Em um primeiro momento, a Receita abrir� prazo para que os contribuintes regularizem a situa��o. Segundo Campos, cerca de R$ 2 bilh�es j� foram recuperados com a autorregulariza��o. Todos os 3 mil contribuintes da opera��o de hoje receber�o notifica��o para fazer a autorregulariza��o no site da Receita. Quem n�o fizer, poder� pagar multas e ser investigado.

Campos ressaltou que essa fraude � antiga e que o contribuinte deve ficar atento. Ele ressaltou que n�o h� possibilidade de uma empresa utilizar cr�dito de outra para pagar tributos federais. "O contribuinte precisa saber que isso � fraude. Eles n�o podem mais alegar que s�o v�timas por desconhecer essas atua��es", completou.