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Estado de Minas ECONOMIA

'Sem confian�a � muito dif�cil a gente voltar a investir', diz Pedro Parente


postado em 02/10/2018 13:32

O CEO da BRF, Pedro Parente, afirmou nesta ter�a-feira, 2, que o cen�rio pol�tico indefinido no Pa�s torna imposs�vel fazer qualquer previs�o sobre a economia brasileira para 2019. Para ele, o retorno ao crescimento econ�mico sustentado depende de quest�o fundamental que � confian�a. "Sem confian�a � muito dif�cil a gente voltar a investir", disse o executivo durante palestra em evento da Scot Consultoria, em Ribeir�o Preto (SP).

De acordo com Parente, o problema fiscal brasileiro tem natureza estrutural, h� a necessidade de reformas, principalmente da Previd�ncia e, se nada for feito, existem tr�s sa�das: aumento de impostos, crescimento do alta no endividamento p�blico ou mais infla��o. "Com aumento de impostos n�o vamos ver um ambiente mais prop�cio � realiza��o de neg�cios no Brasil e qualquer dessas tr�s hip�teses � muito ruim para o Pa�s", exemplificou.

O CEO da BRF lembrou que o sistema previdenci�rio brasileiro n�o gera autofinanciamento, funciona por "parti��o simples" e, com o fim do chamado "b�nus demogr�fico", � necess�ria a reforma. No entanto, para o executivo, o caminho no Congresso Nacional para a aprova��o dessa reforma � dif�cil. "Quem no Congresso Nacional pensa no interesse coletivo e no Pa�s todo? � dif�cil de achar. Eles se organizam em lobby e, sem ju�zo de valor, s�o bem organizados", afirmou.

De acordo com Parente, o n�vel de investimento atual no Brasil, entre 15% e 16% do Produto Interno Bruto (PIB), permite crescimento anual da economia de apenas 1% ao ano. "Se problemas n�o forem enfrentados de maneira correta, n�o h� confian�a no futuro, n�o h� investimento", afirmou.

Miss�o do eleito

O CEO da BRF avaliou que o novo ou a nova presidente da Rep�blica ter� de patrocinar a mais profunda agenda econ�mica dos �ltimos trinta anos. Al�m disso, segundo o executivo, o eleito, ou eleita, ter� de conciliar, simultaneamente, ajuste e crescimento econ�micos.

"Como conciliar isso, vai depender de como o novo l�der vai se comunicar com a sociedade", disse Parente.

Para o executivo, ser�o necess�rias reformas como a da Previd�ncia e a tribut�ria, com redu��o de impostos para o setor produtivo, e caber� ao novo ou nova presidente buscar consenso para a aprova��o dessas propostas no Congresso. "N�o h� consenso na maneira de fazer a reforma da Previd�ncia e, sem consenso, n�o sei se ser� poss�vel fazer quatro vota��es no Congresso, com maioria de tr�s quintos para a aprova��o", afirmou.

De acordo com Parente, o l�der eleito "ter� de deixar para tr�s radicalismo e sectarismo", pois, "sem converg�ncia, n�o seremos capazes de fazer as reformas que precisamos". O executivo criticou tamb�m a fragmenta��o pol�tica no Pa�s. "O n�mero de partidos atrapalha um governo org�nico, com uma vis�o integrada de conjunto e planejamento", concluiu.


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