A Petrobr�s tinha planejado abandonar definitivamente o neg�cio de fertilizantes no pr�ximo dia 31, quando deveria paralisar as f�bricas que mant�m na Bahia e em Sergipe. O governo de Sergipe, no entanto, diz ter recebido a garantia da estatal de que as m�quinas n�o ser�o desligadas neste m�s, como previsto, e que a petroleira ainda tenta passar o ativo para outros investidores. J� o governo da Bahia espera que a estatal apresente uma solu��o em reuni�o marcada para a pr�xima segunda-feira, 8.
Procurada, a petroleira informou, por nota, apenas que "o grupo de trabalho criado para encontrar alternativas � hiberna��o da F�brica de Fertilizantes (Fafen) de Sergipe e Bahia, do qual participa ao lado de representantes dos governos e das federa��es de ind�stria dos dois estados, prossegue avaliando outras op��es para o empreendimento".
O an�ncio da paralisa��o foi feito em mar�o deste ano, ainda na gest�o do ex-presidente da estatal Pedro Parente. Na �poca, a empresa argumentou que as duas unidades geravam preju�zo e que n�o eram o foco da sua estrat�gia. Em 2017, a Fafen-BA apresentou resultado negativo de cerca de R$ 200 milh�es e Fafen-SE, de cerca de R$ 600 milh�es.
Primeiro, a petroleira marcou para o fim do primeiro semestre a hiberna��o das f�bricas, com a parada da produ��o e ado��o de medidas de conserva��o dos equipamentos. No entanto, passados apenas oito dias, em 28 de mar�o, a dire��o divulgou novo comunicado informando que a suspens�o seria adiada para 31 de outubro. Disse tamb�m que avaliava a cria��o de comiss�es para buscar alternativas � hiberna��o, desde que n�o significassem "preju�zos para a Petrobr�s".
Desde mar�o, a petroleira tem sido alvo dos apelos dos governos estaduais e de sindicalistas. Eles tentam sensibilizar a diretoria da empresa da import�ncia de manter a produ��o interna de fertilizantes nitrogenados num Pa�s cuja atividade econ�mica tem sido sustentada pelo setor agropecu�rio. Apelaram tamb�m para o desemprego que a medida deve gerar. Ainda assim, por meses, "a diretoria da empresa se manteve insens�vel", disse o secret�rio de Desenvolvimento de Sergipe, Jos� Augusto Carvalho.
Mudan�a
Nos �ltimos dias, por�m, a posi��o da estatal mudou, segundo o secret�rio. O governador de Sergipe, Belivaldo Chagas Silva (PSD), disse ter recebido do presidente da Rep�blica, Michel Temer, a garantia de que a Fafen do seu Estado n�o vai parar. H� cerca de dez dias, o presidente da Petrobr�s, Ivan Monteiro, recebeu representantes do governo sergipano para uma conversa na sede da empresa, no Rio. E, na �ltima ter�a-feira, 2, o diretor respons�vel pelas duas unidades produtivas, Jorge Celestino, esteve com secret�rios de Sergipe, pela manh�, e da Bahia, pela tarde, para tratar do assunto.
Presente a um dos encontros, Carvalho contou que Celestino reafirmou que as Fafens s�o neg�cios de pequena dimens�o para a Petrobr�s, mas que acha poss�vel atrair interessados para os ativos. "Ele coloca a possibilidade de atrair um parceiro", afirmou o secret�rio sergipano, acrescentando que uma das solu��es avaliadas � a abertura do capital da unidades produtivas. J� o governo da Bahia disse que o diretor da Petrobr�s pouco informou sobre os planos da companhia, mas marcou novo encontro para a pr�xima segunda-feira, 8, com a presen�a de representantes da Federa��o das Ind�strias da Bahia (Fieb). As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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