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Estado de Minas

De creme a xampu para pet, Polishop n�o para de inventar

A empresa, que nasceu como um canal de televendas, agora avan�a cada vez mais para meios digitais e prepara o lan�amento de mais uma marca, desta vez de produtos fitness


postado em 16/10/2018 06:00 / atualizado em 16/10/2018 08:06

Meta da empresa é fechar o ano com 290 lojas espalhadas por todo o país e com 100 mil revendedores virtuais(foto: Fotos Polishop/Divulgação)
Meta da empresa � fechar o ano com 290 lojas espalhadas por todo o pa�s e com 100 mil revendedores virtuais (foto: Fotos Polishop/Divulga��o)

S�o Paulo – Perto de completar 20 anos de funda��o, a Polishop n�o para. Come�ou sua hist�ria com a venda dos grills com a marca do lutador de boxe George Foreman, em 1999, quando no Brasil n�o havia esse tipo de produto. Foi assim com a centr�fuga para fazer sucos, a m�quina de fazer sorvete e outros tantos equipamentos.

Nesse tempo de estrada, a empresa n�o estacionou, ao contr�rio. No �ltimo fim de semana, durante encontro com cerca de 15 mil empreendedores que trabalham como revendedores da marca, Jo�o Appolin�rio, um dos fundadores e CEO da empresa anunciou a entrada no segmento de cuidados para pet e o lan�amento de um creme dental � base de carv�o ativado no segmento de sa�de, com a marca pr�pria Be Motion.

"O modelo tradicional do porta-a-porta n�o existe para n�s h� muito tempo. A forma de entrar na casa das pessoas � pela m�dia digital, que � como voc� aproveita o seu c�rculo de relacionamento para vender"

Jo�o Appolin�rio, um dos fundadores e CEO da Polishop



O produto que causou mais barulho no evento, no entanto, foi uma nova vers�o da fritadeira el�trica Turbofryer Philips Walita, que promete tirar a gordura dos alimentos, vendida por R$ 1.399,90, a mesma faixa de pre�o de um notebook b�sico, por exemplo.

Consumidor experimenta produtos dentro de unidade da rede, que não vê na renda do brasileiro um problema para as suas vendas(foto: Fotos Polishop/Divulgação)
Consumidor experimenta produtos dentro de unidade da rede, que n�o v� na renda do brasileiro um problema para as suas vendas (foto: Fotos Polishop/Divulga��o)

Appolin�rio n�o acredita que a renda do brasileiro seja um problema para o tipo de produto que vende. Na sua avalia��o, seu cliente procura por itens inovadores, que ofere�am como valor agregado a facilidade em fun��es do dia a dia. Em vez de comprar um jogo de panelas, exemplifica, esse cliente vai preferir levar para casa uma panela que tenha m�ltiplas fun��es. O parcelamento em at� 12 vezes ajuda a aliviar o peso da compra e responde por cerca de 95% das vendas. Um grill, por exemplo, � vendido por 10 parcelas de R$ 14,90.

A Polishop atua em v�rias frentes para manter seu ritmo de crescimento – o CEO n�o revela o faturamento ou o lucro da companhia. Mant�m at� hoje programas produzidos nos pr�prios est�dios e exibidos diariamente em emissoras de TV (ele paga por tr�s canais que s� exibem conte�do da Polishop), mais as inser��es comerciais em outras 20 emissoras, em um total de 120 horas de conte�do por dia.

Al�m de vender pelo telefone, Appolin�rio oferece seus produtos no site, em 289 lojas (ser�o 290 at� o fim do ano e a previs�o � contar com 300 at� ainda no primeiro semestre de 2019), em lojas virtuais de seus 100 mil revendedores. � o que a teoria do varejo chama de omnicanal, ou multicanalidade. S�o v�rias frentes de um mesmo neg�cio que se comunicam, por exemplo, quando o cliente v� um produto na TV e compra no site ou passa por uma loja, mas fecha neg�cio com um revendedor.

UNIVERSIDADE POLISHOP Durante a conven��o, realizada em S�o Paulo, Appolin�rio anunciou a cria��o da Universidade Polishop. Ser� uma plataforma de ensino a dist�ncia voltada aos revendedores. Quem entra na empresa tem direito a fazer alguns cursos de gra�a, mas depois ter� de pagar pelo conte�do – voltado, principalmente, � comunica��o por meio das redes sociais. Foi a forma encontrada para melhorar o desempenho das vendas. “O modelo tradicional do porta-a-porta n�o existe para n�s h� muito tempo. A forma de entrar na casa das pessoas � pela m�dia digital, que � como voc� aproveita o seu c�rculo de relacionamento para vender”, explica o empres�rio.

Por essa raz�o, o CEO da Polishop tem aumentado a aposta em conte�do para m�dias digitais. Nos �ltimos cinco anos, segundo o empres�rio, os investimentos em hor�rio de TV se mantiveram est�veis, sem a redu��o do n�mero de horas de exposi��o, enquanto que os recursos para as novas m�dias s� crescem. S�o desde lives com a exibi��o de produtos no Facebook at� programas no YouTube.

Encontros como o do final de semana acontecem duas vezes por ano. � quando os revendedores t�m a chance de encontrar Appolin�rio, que d� palestras pelo Brasil e se tornou ainda mais conhecido depois que se tornou um dos jurados do reality show Shark Tank Brasil, Negociando com Tubar�es”, do Canal Sony, voltado � empreendedores. O programa o aproximou de um outro universo, o da startups.

Hoje, como investidor, ele � s�cio de pelo menos 15, n�o apenas em �reas ligadas ao seu neg�cio. “N�o fa�o distin��o de �rea de atua��o. S� busco pessoas que gostem de empreender e que tenham neg�cios escal�veis”, diz. Gra�as a esse contato a companhia est� entrando no segmento de produtos para cuidados com pet, em que atua uma das startups.

Al�m do aporte de recursos, o empres�rio tamb�m ajuda com parte da estrutura da Polishop. Por exemplo, na parte fiscal, cont�bil e financeira, o que, segundo ele, sedimenta uma esp�cie de atalho para quem est� come�ando, ainda mais em um “pa�s t�o dif�cil para quem quer empreender”.

No pr�ximo ano, quando completa duas d�cadas de funda��o, Appolin�rio ter� pela frente a chegada de um novo presidente ao Pal�cio do Planalto. Seja quem for, dever� adotar uma pol�tica econ�mica diferente da atual, o que torna o cen�rio ainda mais imprevis�vel. Por isso, o CEO da Polishop decidiu esperar pelo menos tr�s meses at� o lan�amento de sua linha de equipamentos fitness.

MERCADO FITNESS O primeiro produto, uma esteira, acaba de chegar �s lojas, mas a linha completa com a marca pr�pria Genis s� deve ser oficialmente lan�ada a partir de abril de 2019. Toda a produ��o sair� da f�brica da empresa, em Manaus. “Entendo que estamos em um momento em que alguma coisa ter� de ser feita. Espero um governo menos intervencionista nos neg�cios e que valorize mais o empreendedor. Afinal, quem paga a conta � a iniciativa privada”, opina.

Segundo Appolin�rio, o Brasil sofre com a alta carga tribut�ria e com diferentes legisla��es, segundo o estado. A empresa est� presente em todos os estados. Em Minas Gerais, por exemplo, conta com 21 lojas, um centro de distribui��o e 20 mil empreendedores ativos. Hoje, responde por 10% do faturamento. J� o Distrito Federal tem sete unidades, por volta de 15 mil revendedores ativos e as vendas colaboram com 7% do faturamento total. “H� cidades onde levamos de dois a tr�s meses para abrir uma empresa. O que espero � uma simplifica��o, uma desburocratiza��o”, reclama o CEO.

NADA DE BOLSA Apesar de aguardar para ver como o Brasil vai se comportar nos pr�ximos meses, Appolin�rio segue com algumas certezas – ao menos at� 2020, que � quando vence seu plano de neg�cios elaborado em 2011. At� l� n�o pretende abrir o capital da companhia porque, segundo ele, neste momento n�o precisa de recursos para reduzir o endividamento ou para fazer alguma aquisi��o.

Apesar de virar as costas para o mercado de capitais, a Polishop tem investido nos �ltimos anos em uma estrutura de governan�a muito pr�xima do que se exige das companhias listadas em bolsa, por meio de conselho de administra��o, forma��o de comit�s e pol�ticas de governan�a corporativa, al�m de balan�os com auditoria externa.

“Parte disso veio do contato com muitos fundos de investimento que nos procuraram nos �ltimos anos. Temos aprendido muito e incorporado essas pr�ticas, inclusive com a contrata��o de profissionais desses fundos. � preciso ter um bom motivo para abrir capital, e hoje n�s n�o temos”, garante o empres�rio.

Appolin�rio tamb�m deixou na gaveta, por enquanto, o plano de expans�o internacional. Ele j� declarou algumas vezes o interesse de levar sua marca para os Estados Unidos. “� uma op��o, mas � preciso tomar cuidado para n�o fazer esse tipo de expans�o por fazer, como aconteceu com outras empresas”, comenta.





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