Produtores reivindicam porte de arma

A Associa��o Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) - uma das maiores do agroneg�cio brasileiro - apresentou as suas reivindica��es ao candidato � Presid�ncia Jair Bolsonaro. O documento, que possui uma s�rie de solicita��es sobre quest�es ambientais, fundi�rias, log�stica e de seguran�a, pede mudan�as dr�sticas em itens que, necessariamente, teriam de passar por amplas discuss�es no Congresso para serem levados adiante.

Os produtores de soja, principal produto de exporta��o do Pa�s, querem que Bolsonaro garanta a posse de armas nas propriedades rurais, acabe com o licenciamento ambiental de atividade realizadas nessas propriedades, impe�a a amplia��o de terras ind�genas, apoie pol�ticas de negocia��o bilateral com a China e crie linhas que permitam aos produtores repactuar d�vidas n�o banc�rias com agentes de financiamento rural.

"Todos os problemas s�o urgentes, mas eu acredito que a quest�o da inseguran�a � a pior para n�s. Ningu�m aguenta mais essa banaliza��o. Est� na hora das pessoas terem suas armas, sim", diz Antonio Galvan, presidente da Aprosoja no Mato Grosso e vice-presidente da associa��o no Brasil. "Hoje entram na sua casa e te matam. Se o bandido souber que a pessoa pode ter uma arma em casa, isso j� inibe o assalto. Ent�o, tem de ser liberado o quanto antes, e para qualquer propriedade, seja rural ou urbana."

Licenciamento

Do lado ambiental, a Aprosoja pede o fim do licenciamento para atividades tocadas em propriedades rurais. Se alguma licen�a for necess�ria, que seja concedida "de forma digital autom�tica e online, bastando declara��o do propriet�rio rural". Querem ainda que n�o sejam mais impostas morat�rias (acordos) e exig�ncias para a produ��o, a��es que, segundo o setor, seriam "impostas de forma recorrente por ONGs".

Outro ponto pol�mico diz respeito � quest�o fundi�ria. O agro quer que a demarca��o de novas terras ind�genas s� ocorra em situa��es em que a terra tenha presen�a de �ndios ap�s a data de promulga��o da Constitui��o de 1988, ou seja, leve em conta o chamado "marco temporal". Os produtores pedem que seja proibida a amplia��o de terras ind�genas j� demarcadas e que seja considerado "ato criminoso a invas�o de propriedade rural com intuito de promover a expropria��o".

Sobre a��es econ�micas e outros incentivos, o setor reivindica uma "pol�tica externa de negocia��o bilateral com a China e a repactua��o de d�vidas rurais". Na ter�a-feira, 16, o presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz Pereira, disse que n�o acredita que, caso Bolsonaro seja eleito presidente, venha a adotar uma postura de negocia��o com os chineses que prejudique as exporta��es de soja do Brasil. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.