A companhia de alimentos BRF est� em fase inicial de negocia��o de um acordo de leni�ncia com o Minist�rio P�blico Federal (MPF) e o Minist�rio da Transpar�ncia e Controladoria-Geral da Uni�o (CGU). Pedro Parente, presidente da empresa, teria atuado pessoalmente em sondagens com a CGU, conforme apurou o jornal O Estado de S. Paulo e o Broadcast (servi�o de not�cias em tempo real do Grupo Estado).
Uma fonte pr�xima � gigante de alimentos, dona das marcas Sadia e Perdig�o, informou que "� de interesse m�ximo da administra��o colaborar com as investiga��es feitas pelas autoridades e esclarecer todos os fatos apontados pelo relat�rio", em refer�ncia ao documento final da Opera��o Trapa�a, conclu�do pela Pol�cia Federal na �ltima segunda-feira, 15.
Desdobramento da Carne Fraca, a investiga��o apura fraudes que teriam sido cometidas por funcion�rios e executivos da empresa. Ao todo, a PF indiciou 43 pessoas, dentre elas o empres�rio Abilio Diniz, ex-presidente do conselho de administra��o da BRF, e Pedro Faria, ex-presidente executivo global.
Esquema
Entre os fatos que precisar�o ser explicados em um eventual acordo est� o funcionamento de um esquema de pagamento de propinas, citado pela PF no relat�rio final, para fiscais do Minist�rio da Agricultura em troca de facilidades nos mercados interno e externo de carnes da companhia.
A decis�o de formalizar a leni�ncia vai em linha com o direcionamento da atual gest�o, que, segundo comunicado enviado pela BRF na segunda-feira, "� de toler�ncia zero com qualquer tipo de conduta indevida". Em resposta � medida da PF, a empresa decidiu afastar preventivamente todos os funcion�rios citados no relat�rio "at� o esclarecimento dos fatos".
A BRF tamb�m chegou a ressaltar que mantinha conversas "de forma ampla e transparente" com os investigadores e que vai continuar com as iniciativas internas lideradas pelo Comit� Independente de Investiga��o.
"A companhia entende que este processo de coopera��o constante com as autoridades fortalece e consolida as mudan�as e aprimoramentos que a empresa implementou em seus processos e regramentos internos, com o objetivo de garantir os mais elevados padr�es de seguran�a, integridade e qualidade", refor�ou a companhia.
Resposta
Questionada sobre o acordo de leni�ncia, a BRF afirmou que n�o comentar� o assunto. Em nota, a CGU afirmou que, "em virtude do sigilo imposto pela Lei Anticorrup��o (n� 12.846/2013), n�o se manifesta sobre nomes de empresas, exist�ncia ou n�o de acordos de leni�ncia, poss�veis termos, bem como detalhes de eventuais negocia��es em curso".
Procurados, o MPF do Paran� e a PGR tamb�m disseram que n�o comentariam este tipo de tratativa. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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