Diante de cr�ticas de setores de exporta��o do agroneg�cio, a equipe t�cnica do candidato do PSL � Presid�ncia da Rep�blica, Jair Bolsonaro, rejeita uma fus�o das pastas do Meio Ambiente e da Agricultura e descarta romper o Acordo de Paris para controle do aquecimento global.
Um estudo que est� sendo preparado por auxiliares do presidenci�vel ressalta que �rg�os como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renov�veis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conserva��o da Biodiversidade (ICMBio) devem estar, num eventual governo, na estrutura de um superminist�rio de infraestrutura ou se manter como pasta independente integrada ao sistema de defesa nacional. A decis�o final ser� tomada por Bolsonaro, que espera uma redu��o de minist�rios.
Na quinta-feira, 18, em entrevista ao Jornal Nacional, o candidato disse que a jun��o dos minist�rios n�o dificultaria a defesa do meio ambiente. "N�o dificulta porque eu poderia botar uma pessoa do mesmo perfil ideol�gico na Agricultura e no Meio Ambiente. O que n�o pode continuar acontecendo? Uma briga entre os minist�rios."
Nas �ltimas semanas, no entanto, o grupo de campanha do PSL recebeu an�lises de especialistas em com�rcio exterior que preveem dificuldades com fornecedores da Europa se um poss�vel governo confirmar o aniquilamento do Meio Ambiente e sinalizar para um aumento das taxas de desmatamento na Amaz�nia.
Desde a pr�-campanha, os auxiliares de Bolsonaro j� trabalhavam com a perspectiva de que uma fus�o era invi�vel administrativamente. Eles argumentam que �rea ambiental atua em temas de infraestrutura e energia, por exemplo, sem conex�o com a Agricultura. As cr�ticas generalizadas reduziram a possibilidade da integra��o.
Alerta
Em carta � campanha, o consultor de assuntos internacionais Rubens Barbosa, ex-embaixador em Washington, alertou que a quest�o ambiental est� interligada ao com�rcio do Pa�s com outros pa�ses. Ele citou a import�ncia de manter o Brasil no Acordo de Paris, firmado em 2015 para conter o aquecimento global. O ex-diplomata ainda alertou para uma proposta de transferir a embaixada em Israel de Tel-Aviv para Jerusal�m, o que desagradaria aos pa�ses mu�ulmanos que compram carne brasileira, e contatos da campanha com Taiwan, que tem causado mal-estar com os chineses.
Nas conversas com a equipe de Bolsonaro, a pr�pria Frente Parlamentar da Agropecu�ria (FPA), que deve indicar o nome para chefiar o novo minist�rio, disse que n�o compactua com o fim dos �rg�os ambientais. A deputada Tereza Cristina (DEM-MS), presidente da FPA e cotada para assumir o minist�rio, chegou a elogiar em p�blico a fus�o das pastas, mas, nos bastidores, a parlamentar e boa parte da bancada temem que a fus�o prejudique a imagem do setor especialmente nos pa�ses europeus. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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