China revela planos de dedu��o do imposto de renda para impulsionar consumo

A China revelou planos de isentar de imposto de renda grandes gastos familiares, incluindo educa��o e despesas com moradia, como parte de uma estrat�gia para impulsionar a confian�a e o consumo.

A partir de 1� de janeiro de 2019, os contribuintes ter�o direito a uma dedu��o anual de 12 mil yuans (US$ 1.732) para cada filho no per�odo da pr�-escola at� a p�s-gradua��o, segundo regras preliminares elaboradas em conjunto pelo Minist�rio de Finan�as e pela Administra��o Tribut�ria do Estado e reveladas no s�bado (20).

Al�m disso, compradores do primeiro im�vel tamb�m ser�o beneficiados com uma dedu��o de 12 mil yuans no caso do pagamento de juros sobre financiamento imobili�rio at� a quita��o. J� locat�rios ter�o dedu��o anual de 9,6 mil a 12 mil yuans, dependendo da cidade onde residem. Gastos com doen�as graves e pais com idade superior a 60 anos tamb�m estar�o isentos, de acordo com a proposta.

O plano vai ficar em consulta p�blica at� 4 de novembro.

Segundo o economista-chefe para a China da Nomura, Ting Lu, as medidas ir�o certamente impulsionar o consumo, mas n�o dever�o ser suficientes para impedir a desacelera��o econ�mica.

Os itens dedut�veis poder�o reduzir a carga tribut�ria pessoal em cerca de 116 bilh�es de yuans, mas os consumidores dever�o gastar apenas cerca de 70% do que economizarem com impostos, calcula Lu.

J� para o Deutsche Bank, o plano revelado no fim de semana poder� impulsionar as vendas no varejo em torno de 1% se a popula��o de fato destinar para o consumo 70% do recursos que obtiverem com as dedu��es.

Sinais de desacelera��o no consumo t�m surgido em meio �s crescentes tens�es comerciais entre EUA e China. Em setembro, as vendas de carros na China diminu�ram pelo terceiro m�s seguido. Al�m disso, as vendas no varejo chin�s subiram 9,3% nos primeiros nove meses do ano, resultado bem menor que o ganho de 10,4% verificado no mesmo intervalo de 2017, segundo dados oficiais.

Para Lu, economistas ainda aguardam que Pequim anuncie cortes maiores no imposto de valor agregado (IVA) pago por empresas, a maior fonte de receita tribut�ria do governo. O IR pessoal responde por cerca de 8,2% da receita total com impostos, ante 40% do IVA.

"Isso teria um impacto mais direto na carga tribut�ria de empresas e na economia em geral", diz o economista da Nomura.

O governo chin�s lan�ar� medidas de incentivo fiscal mais agressivas no pr�ximo ano, afirmou o assessor do Banco do Povo da China (PBoC, o BC chin�s) Ma Jun, em entrevista publicada hoje pela revista financeira Caixin Media. As dedu��es devem ser equivalentes a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) chin�s, estimou ele. Fonte: Dow Jones Newswires.