Grupos liberal e militar disputam comando do BNDES

O nome do pr�ximo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) ainda n�o est� definido, mas o economista Rubem de Freitas Novaes, que j� foi diretor do banco em 1982, � o "favorito" para o cargo, conforme uma fonte que pediu para n�o ser identificada.

Na ter�a-feira, ap�s a primeira reuni�o da c�pula do governo Bolsonaro, no Rio, o economista Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, disse que as discuss�es sobre a equipe ainda n�o haviam chegado �s estatais. Segundo a fonte ouvida nesta quinta-feira (1�), as discuss�es est�o concentradas em torno da estrutura dos minist�rios e dos nomes dos ministros.

A defini��o sobre o comando das estatais, incluindo BNDES, Petrobr�s e Banco do Brasil (BB), poder� se estender por todo o m�s de novembro. A indica��o dos nomes depende, em parte, do papel que essas estatais ter�o no futuro governo.

No caso do BNDES e da Petrobr�s, a defini��o desses pap�is passa pela disputa por influ�ncia, dentro da equipe de governo, entre o grupo formado por militares, com vis�o mais estatizante, e o grupo liderado por Guedes, com vis�o mais liberal.

Se o grupo militar prevalecer na disputa pela indica��o do comando do BNDES, o banco poderia diminuir, mas ter alguma fun��o no financiamento � inova��o e aos investimentos em infraestrutura.

J� para o grupo mais liberal, o BNDES poderia se dedicar apenas �s privatiza��es de estatais e estrutura��o de projetos de concess�es de infraestrutura � iniciativa privada. Essa fun��o teria prazo de validade. Vendidas as estatais e concedidos os principais projetos de infraestrutura em carteira, o BNDES poderia at� mesmo ser extinto.

Tamb�m foram ventilados para o comando do BNDES os nomes de Carlos da Costa, de Joaquim Levy, e de Eduardo Centola, s�cio e copresidente do Banco Modal.