Apontado com um dos conselheiros do economista Paulo Guedes na formula��o do plano econ�mico do ent�o candidato Jair Bolsonaro, o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Marcos Cintra, criticou a ado��o no Brasil Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Em artigo no Twitter, publicado na v�spera do segundo turno das elei��es, Cintra marca posi��o e afirma que levar adiante o burocr�tico IVA seria "desastroso" e o "pior dos mundos".
A necessidade de cria��o do IVA para reunir os impostos sobre consumo era unanimidade entre os outros candidatos � Presid�ncia e defendida pelo Minist�rio da Fazenda, embora a equipe econ�mica considere mais urgente a simplifica��o do PIS/Cofins. Proposta de reforma tribut�ria prevendo a cria��o do IVA j� tramita na C�mara dos Deputados com relatoria do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), que acabou n�o se reelegendo para o cargo.
No artigo, Cintra diz que o projeto mais promissor � a unifica��o de v�rios tributos sobre os pagamentos e recebimentos no ambiente eletr�nico do sistema banc�rio. "� a forma mais eficaz de gerar receita p�blica em um mundo regido pela economia digital", defende. Ele foi deputado federal (1999-2003) e autor do projeto do imposto �nico.
Segundo ele, por meio dessa proposta seria poss�vel aplicar uma al�quota reduzida sobre toda transa��o banc�ria. Ela n�o usa, por�m, o nome de CPMF, o imposto sobre movimenta��o banc�ria que foi extinto durante o governo Lula.
Cintra avalia que, com essa mudan�a na tributa��o, a sonega��o, que hoje ultrapassa R$ 400 bilh�es por ano, se tornaria "quase inexistente" e os custos para as empresas e o governo seriam fortemente reduzidos. Na avalia��o do economista, haveria est�mulo ao consumo por causa da extin��o de impostos embutidos nos pre�os, e as empresas poderiam contratar e formalizar funcion�rios com a redu��o dos desembolsos com m�o de obra ocasionada pelo fim dos tributos sobre a folha. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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