Mercado n�o deve reagir mal � sa�da de Ilan Goldfajn do BC, diz Alex Agostini

O mercado financeiro n�o deve reagir de forma negativa � decis�o do presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, de deixar o cargo no governo de Jair Bolsonaro (PSL), estima o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini.

Na sua avalia��o, a pol�tica monet�ria nacional est� sob controle, com as expectativas de infla��o devidamente ancoradas, o que garante previsibilidade aos agentes econ�micos.

Al�m disso, a tend�ncia � que o pr�ximo presidente do BC mantenha um perfil t�cnico, n�o pol�tico, conforme j� sinalizou Paulo Guedes, futuro ministro da Economia.

"Por mais que o Ilan Goldfajn n�o tenha aceitado permanecer no cargo e isso, eventualmente, cause alguma rea��o negativa pontual, a ess�ncia � que est� tudo sob controle na pol�tica monet�ria", avalia Agostini.

"E n�o preocupa quem ser� o pr�ximo presidente devido �s manifesta��es do governo eleito de que a gest�o ser� t�cnica. � quest�o de tempo para conhecermos esse nome", complementa.

Segundo apurou o Estad�o/Broadcast, Goldfajn n�o aceitar� o convite de permanecer � frente da autoridade monet�ria por motivos pessoais. Os mais cotados pela equipe de transi��o do governo para substitu�-los s�o o diretor de pol�tica econ�mica do BC, Carlos Viana de Carvalho, e o diretor do Santander, Roberto Campos Neto, para ocupar o cargo.

Agostini admite que causa alguma estranheza a sa�da de Goldfajn. Isso porque, nos bastidores, a leitura era de que a eventual autonomia do BC, defendida por Guedes e Bolsonaro, e que pode ser votada no Congresso, poderia abrir espa�o para Goldfajn ficar no cargo.

"Nesse contexto, soa um pouco estranho ele n�o ter aceitado. Mas � dif�cil opinar sobre a mensagem que sua sa�da passa, pois n�o sabemos a real motiva��o para n�o ter aceitado o convite. Isso pode gerar um pouco de especula��o", diz Agostini.

Ainda assim, o economista-chefe da Austin Rating minimiza a tend�ncia de rea��es pessimistas duradouras no mercado financeiro. "Acredito que o pr�ximo presidente do BC ser� t�cnico e a austeridade monet�ria ser� mantida. Isso � o mais importante", reitera.