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Estado de Minas ECONOMIA

Com d�vida de R$ 674 milh�es, Saraiva pede recupera��o judicial


postado em 23/11/2018 08:55

A Livraria Saraiva, rede de varejo l�der em venda de livros no Pa�s, pediu recupera��o judicial nesta sexta-feira, 23. Com d�vida de R$ 674 milh�es, a companhia � a segunda empresa do setor em pouco mais de um m�s a pedir prote��o da Justi�a para reestruturar d�bitos e tentar seguir em opera��o. A Livraria Cultura est� em recupera��o judicial desde o m�s passado.

As dificuldades da Saraiva ficaram evidentes no in�cio deste ano, quando a companhia atrasou pagamentos �s editoras de livros - suas principais fornecedoras. A empresa voltou a ter dificuldades nos �ltimos meses, e foi iniciado um novo per�odo de negocia��es. Ap�s n�o conseguir fechar acordo, a companhia decidiu pela recupera��o judicial.

No pedido feito � Justi�a, a Saraiva lembrou que vem tentando reestruturar o pr�prio neg�cio - processo que est� sendo tocado em conjunto com a consultoria Galeazzi & Associados. Recentemente, a companhia encerrou as atividades de 19 pontos de venda, sendo oito lojas tradicionais e 8 unidades iTown, que vendiam produtos de tecnologia da marca Apple. Neste processo, cortou 700 funcion�rios.

Outra medida tomada pela Saraiva foi a sa�da de categorias em que a rentabilidade � mais baixa - como a venda de produtos de tecnologia, na qual precisa bater de frente com pesos pesados como a Via Varejo (dona de marcas como Casas Bahia e Ponto Frio) e FastShop. A entrada no segmento foi decidida h� alguns anos, como uma tentativa de "prote��o" � perspectiva de queda nas vendas de livros.

"Neste movimento (a sa�da da �rea de tecnologia), a Saraiva diminuir� substancialmente a gera��o de cr�ditos tribut�rios, uma das principais raz�es de consumo de caixa nos �ltimos anos", diz a empresa, no documento da recupera��o judicial. Para continuar a ofertar eletr�nicos e itens de tecnologia nas lojas, a companhia dever� buscar uma parceria com uma rede especializada no setor, apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

Apesar de a venda de livros apresentar uma pequena alta em 2018 - de cerca de 5% em valores, segundo o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) -, a Saraiva lembrou que o pre�o do produto tem subido bem menos do que a infla��o. Segundo a companhia, enquanto o IPCA - �ndice oficial de infla��o - subiu 53,8% de 2000 a 2017, o valor unit�rio do livro avan�ou 8%, na mesma compara��o.

Outro segmento que j� foi a segunda maior fonte de receitas para a Saraiva - m�sica e filmes - foi bastante afetado por avan�os tecnol�gicos, segundo a companhia, que cita no documento de pedido de recupera��o a emerg�ncia de servi�os como Netflix e Spotify nessa �rea.

Hoje, a companhia se dedica somente � atividade de varejo. O pedido de recupera��o lembra que a empresa vendeu seus ativos editoriais e de educa��o h� tr�s anos, por R$ 725 milh�es. Ap�s esse neg�cio e um per�odo de enxugamento do varejo, o grupo hoje contabiliza cerca de 3 mil colaboradores, 85 lojas pr�prias e uma �rea de venda de quase 50 mil metros quadrados no Pa�s.

Fundada em 1947, a origem da Saraiva remonta, no entanto, a 1914, quando o livreiro Joaquim Ign�cio da Fonseca Saraiva, um imigrante portugu�s, abriu uma pequeno sebo na rua do Ouvidor, em S�o Paulo, chamado Saraiva & Cia. A Saraiva � uma companhia aberta desde 1972. Em 2008, adquiriu a rival Siciliano.


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