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Estado de Minas

Pre�os da Black Friday seduziram at� o bolso "meio vazio"

Al�m das filas, quem estava procurando menores pre�os teve que pesquisar bastante e entrar de loja em loja para comparar os valores


postado em 24/11/2018 06:00 / atualizado em 24/11/2018 11:50

"Havia muita promo��o bacana e, apesar do tumulto, deu pra sair de sacola cheia" Jonathan Ferreira Lima, recepcionista (foto: Fotos: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press )

 

Quem decidiu comprar na Black Friday teve de enfrentar filas gigantescas e precisou de muita paci�ncia para n�o ficar sem o produto desejado. A diarista desempregada Nildes Silva conta que sua filha ficou mais de 2 horas em p� na fila de uma rede de varejo. “� muito desconto, � muita gente. Enquanto eu fazia compras, minha filha ficou esperando numa fila quilom�trica”, comentou.

Os descontos e as promo��es chamaram a aten��o de Nildes, que levou toda a fam�lia para aproveitar a liquida��o. “Apesar da crise, o povo est� comprando. � uma oportunidade muito boa para fazer um estoque em casa”, ressalta.  Embalado pelos diversos descontos nos pre�os que encontrou, o recepcionista Jonathan Ferreira Lima foi � procura de itens de perfumaria, na companhia da namorada. “Enquanto ela est� comprando, eu olho nossas coisas. Havia muita promo��o bacana e, apesar do tumulto, deu pra sair de sacola cheia”, afirma.

Al�m das filas, quem estava procurando menores pre�os teve que pesquisar bastante e entrar de loja em loja para comparar os valores.  Foi o caso da balconista Rosinere Maria. “Os pre�os t�m muita diferen�a de um lugar para outro. Fui olhar um produto e a diferen�a era de mais de R$ 100. Pesquisar � a palavra para n�o fazer um mau neg�cio”, aconselha a balconista. Rosinere ainda avaliou as melhores condi��es de pagamento e qualidade das pe�as. “Mesmo com o bolso meio vazio com a situa��o do pa�s, a pesquisa fez grande diferen�a nas compras”, diz.

A pesquisa de loja em loja tamb�m foi crucial para a compra feita pela assistente de caixa Andressa Ferreira, que estava de olho, h� meses, na varia��o dos pre�os dos produtos para n�o cair em nenhuma armadilha. “Algumas lojas t�m bastantes promo��es, por isso estamos comparando para n�o cair numa ‘black fraude’”, ironiza. Apesar das grandes filas, a pesquisa fez efeito nas compras da assistente, que comemorou: “Est� t�o bom que acho que poderia ter duas vezes ao ano”. (JAR)

 


Dia de produtos esgotados, longas filas e reclama��es

No Centro da capital, foi difícil entrar em lojas como a de rede de cosméticos, um dos segmentos que mais faturam durante a megapromoção (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
No Centro da capital, foi dif�cil entrar em lojas como a de rede de cosm�ticos, um dos segmentos que mais faturam durante a megapromo��o (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press)


Na cal�ada da Avenida dos Andradas, esquina com Rua dos Caet�s, no Hipercentro de Belo Horizonte, um homem carrega televisor de 43 polegadas nos ombros, embrulhado num papel que indica se tratar de pechincha oferecida na Black Friday, megaevento de promo��es inspirado em a��o de marketing do varejo nos Estados Unidos. O flagrante, na manh� de ontem, mostra que a campanha pegou no Brasil. A queda nos pre�os dos produtos fez milhares de pessoas na capital mineira lotarem lojas, que ofereceram descontos de at� 80% nos pre�os. As ruas foram tomadas pela euforia de consumidores carregando sacolas, segurando caixas em duplas e at� com o aux�lio da cabe�a. Valeu de tudo para economizar.

Tamb�m na internet as vendas da Black Friday come�aram aceleradas. Segundo a Ebit Nielsen, que apura dados do com�rcio eletr�nico, ainda no come�o da manh�, o faturamento chegava a quase a metade do total faturado no ano passado. Considerando-se as vendas da quinta-feira e os neg�cios realizados at� as 17h de ontem, o faturamento j� alcan�ava os R$ 992,4 milh�es, o equivalente a 44% do total de R$ 2,1 bilh�es registrados em toda a edi��o de 2017 da Black Friday.

Houve tamb�m muitas queixas dos consumidores. Com dois dias de acompanhamento do megaevento, o site Reclame Aqui j� somava 2.794 reclama��es. Smartphones e celulares seguem na lideran�a, com 10,5%, acompanhados por TV, 6,5%. Na lista de produtos que foram objeto do maior n�mero de reclama��es, as passagens a�reas apareceram pela primeira vez no ranking, ocupando a terceira posi��o, com 5,1% das queixas.

A estimativa da Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (CNC) � de movimenta��o de R$ 3,27 bilh�es em 2018. O valor representa aumento de 2,2%, descontada a infla��o, frente ao ano passado, quando o faturamento do com�rcio durante a campanha foi de R$ 3,08 bilh�es.

A C�mara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) conhecer� os resultados da promo��o no varejo de BH no balan�o mensal das vendas. Entretanto, mesmo sem os dados, a expectativa � de crescimento em rela��o ao mesmo per�odo de 2017 e tamb�m na compara��o com o m�s de outubro. “Mesmo que a atividade econ�mica n�o tenha se recuperado, a infla��o est� melhor, o desemprego desacelerou e a renda dispon�vel est� maior. A inadimpl�ncia vem caindo e muitos trabalhadores j� receberam parte do 13º sal�rio”, afirma a economista do CDL/BH Ana Paula Bastos.

Ela observa que a data, que come�ou a ser promovida no pa�s em 2010, pegou no calend�rio do varejo. Ana Paula explica que, nesta �poca, consumidores aproveitam para adquirir produtos com maior valor agregado, como eletrodom�sticos. “Uma diferen�a em rela��o a outras datas comemorativas � que o t�quete m�dio de compras dos consumidores � mais elevado. Enquanto no Natal gira em torno de R$ 100, na Black Friday, o valor � de R$ 555. As pessoas aproveitam para comprar produtos para elas, como celulares, por exemplo”, comenta.

De acordo com o site Black Friday, que concentra buscas de descontos do com�rcio eletr�nico na data, as vendas no dia do evento, em 2017, corresponderam a 13 vezes a m�dia de movimenta��o de um dia comum, alcan�ando 2,23 milh�es de pedidos nos e-commerces do pa�s.

Receio 

As lojas apostaram na versatilidade e no embalo das festas de fim de ano para fisgar um consumidor receoso sob o reflexo da retra��o econ�mica que atinge o Brasil. Eletr�nicos, eletrodom�sticos e perfumaria s�o os itens mais procurados.

De acordo com o diretor de vendas da Via Varejo, dona das redes Casas Bahia e Ponto Frio, S�rgio Grossi, a expectativa � de alta para essa data, considerada uma das mais aguardadas pelos comerciantes e consumidores. O grupo anunciou ofertas desde quinta-feira e vem alcan�ando bons resultados, de acordo com o executivo. “Desde quinta, os resultados est�o sendo acima do espera. Consideramos que ser� a maior Black Friday da hist�ria”, ressalta.

Sem revelar os n�meros de vendas, o diretor aposta na alta performance durante toda a campanha. “O incremento de vendas � bastante expressivo. � um evento que cada vez mais exige um grande preparo e pesquisa, para que possamos levar maior n�mero de ofertas ao consumidor e num tempo maior, n�o s� a sexta-feira”, pontua. As lojas do grupo Via Varejo oferecem desconto de at� 70% em alguns produtos, al�m de promo��es de parcelamentos.

Apesar da retra��o econ�mica e da indecis�o do p�blico no evento, em resposta ao movimento “black fraude”(que denuncia as promo��es enganosas), o diretor de vendas da Via Varejo analisa que o fluxo de pessoas est� bastante expressivo e mais consciente do seu poder de compra. “O consumidor hoje compara e comprova e est� mais consciente, com a percep��o de que est� fazendo um bom neg�cio”, analisa. Al�m disso, as pessoas veem no d�cimo terceiro e nas condi��es de parcelamento uma oportunidade de neg�cio. “O 13º sal�rio influencia muito nesse processo, o consumidor j� vem fazendo as compras pensando nesse recurso, dando uma condi��o de comprar sem muitas preocupa��es”, destaca.


Fraudes barradas

At� as 13h de ontem, a Black Friday vendeu cerca R$ 1 bilh�o no e-commerce brasileiro. No entanto, R$ 849 mil foram barrados por tentativa de fraude, segundo a ClearSale, plataforma que oferece solu��es antifraude na internet. Os produtos mais procurados, de acordo com a empresa, s�o celulares e eletrodom�sticos, sendo que os consumidores t�m gastado, em m�dia, R$ 779.


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