OMC prev� nova desacelera��o do com�rcio

A Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC) alerta para uma nova desacelera��o do com�rcio mundial nos �ltimos tr�s meses de 2018. Dados publicados nesta segunda-feira, 26, �s v�speras da reuni�o de c�pula do G-20 em Buenos Aires, sugerem que a guerra comercial est� tendo um impacto real no fluxo de bens.

Os indicadores ainda apontam que a expans�o deve ser a mais baixa em dois anos. Com 98,6 pontos, o "term�metro do com�rcio global" est� abaixo dos 100,3 pontos do �ltimo trimestre e aponta para desempenho "abaixo da tend�ncia".

Para medir a tend�ncia do com�rcio, a OMC criou um indicador que coleta dados de exporta��es, cargas e outros �ndices setoriais considerados pilares da economia mundial. Uma taxa de 100 pontos significa estagna��o do crescimento do com�rcio. Qualquer n�mero abaixo, como no caso do atual trimestre, aponta para perda de for�a nos fluxos de exporta��o e importa��o.

Segundo a OMC, h� ainda uma tend�ncia de que a perda de for�a continue no primeiro trimestre de 2019. Todos os principais setores foram atingidos. A demanda por exporta��o continuou a tend�ncia de queda que j� havia sido registrada ao longo do ano. J� os �ndices de produ��o automotiva (96,9 pontos), componentes eletr�nicos (93,9 pontos) e material agr�cola (97,2 pontos), deixaram de estar dentro de uma m�dia para serem classificados como "abaixo da tend�ncia".

Cen�rio

A proje��o em maio era de uma expans�o do com�rcio mundial de 4,4%. Para 2019, o crescimento seria de 4,0%. Em 2017, a expans�o em volume foi de 4,7% e em valores chegou a 10,7%, a melhor desde 2011 e atingindo US$ 17 trilh�es. Nada disso, por�m, previa a prolifera��o de medidas protecionistas.

Agora, a proje��o � de que o com�rcio em 2018 tenha expans�o de 3,9%, com um impacto ainda maior em 2019, n�o deve passar de 3,7%.
Na vis�o da OMC, uma guerra comercial poderia tirar bilh�es de d�lares da economia mundial e uma escalada tarif�ria entre as maiores economias do mundo reduziria em 17% o crescimento do com�rcio mundial e em 1,9% o crescimento do PIB. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.