A�reas 'Low cost' aumentam oferta de voos para o exterior

Companhias a�reas estrangeiras de baixo custo come�am a ampliar a oferta de passagens internacionais no Pa�s. A norueguesa Norwegian, que vai fazer voos diretos do Rio de Janeiro a Londres, a partir de mar�o, colocar� no mercado 70 mil novos lugares por ano. A chilena Sky Airlines come�ou a operar rotas do Rio de Janeiro e de Florian�polis para Santiago. A chilena passar� a oferecer voos para S�o Paulo a partir de 7 dezembro, num total de 70 mil assentos apenas entre dezembro e mar�o.

Na Norwegian, o pre�o m�nimo do trecho dever� ficar em R$ 1,2 mil. Empresas concorrentes vendem passagens de ida e volta por R$ 2.900. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente global do grupo, Bjorn Kjos, afirmou que a opera��o da a�rea vai come�ar pelo Rio por a cidade atrair muitos turistas europeus. Kjos n�o detalhou se vai oferecer outros destinos no Pa�s. A companhia j� est� operando na Argentina. "Fomos surpreendidos com a opera��o na Argentina. Ainda n�o conhecemos bem o mercado brasileiro, mas estamos otimistas e esperamos que os brasileiros optem por viajar para a Europa e possam faz�-lo com tarifas baixas por nossa companhia".

A Sky come�a sua opera��o no Brasil com cinco voos por semana para S�o Paulo, seis para o Rio e quatro para Florian�polis - esse �ltimo vai operar at� mar�o. A inten��o, no entanto, � ter voos di�rios para Rio e S�o Paulo, segundo o diretor regional de vendas, Jaime Fernandez. "Ainda n�o temos previs�o de quando isso vai acontecer. Precisamos, antes, tornar essas primeiras opera��es rent�veis." O executivo diz ainda que poder� lan�ar novos destinos no Brasil em 2019.

O modelo de baixo custo adotado pela Sky permitiu uma queda de 30% no pre�o m�dio das passagens no Chile - patamar que pode ser repetido no Brasil. No site da companhia, � poss�vel encontrar passagens de ida e volta para Santiago, partindo de S�o Paulo em dezembro, por R$ 700. Em concorrentes, a tarifa mais barata � R$ 850.

Para garantir pre�os mais baixos, a empresa est� investindo US$ 1,6 bilh�o para renovar e ampliar sua frota - hoje, s�o 15 aeronaves. Foram comprados 21 avi�es A320neo, que gastam menos combust�vel. Segundo Fernandez, uma negocia��o com o governo chileno tamb�m permitiu a redu��o de 20% neste ano nas taxas de embarque.

Concorr�ncia

Para o especialista no setor a�reo Andr� Castellini, s�cio da consultoria Bain & Company, as empresas de baixo custo dificilmente conseguir�o manter tarifas mais baratas do que as concorrentes brasileiras, pois seus custos n�o ser�o muito inferiores. "Elas podem at� subsidiar assentos no come�o, mas � invi�vel manter isso por um longo per�odo."

Castellini lembra que companhias como Latam e Gol j� adotam estrat�gias de empresas 'low cost' em alguns servi�os, como na cobran�a pela marca��o do assento. As companhias brasileiras, diz ele, tamb�m est�o incluindo aeronaves que gastam menos combust�vel em suas frotas. "N�o d� para fazer milagre. As locais adotaram o que � poss�vel. Ambas (Latam e Gol) s�o eficientes em custos. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.